Médico viola cinco pacientes nos Açores e continua a exercer
O médico cubano Aliesky Aguilera violou cinco pacientes nas urgências do Hospital Divino Espírito Santo, nos Açores. O tribunal decidiu não aplicar a proibição do exercício da profissão.
O médico cubano Aliesky Aguilera foi condenado, no ano passado, a seis anos de prisão por violar cinco pacientes nas urgências do Hospital Divino Espírito Santos, em São Miguel, nos Açores.
Segundo o Correio da manhã, a juíza do Tribunal de Ponta Delgada decidiu não proibir o suspeito de exercer a profissão, afirmando que teria de ser a Ordem dos Médicos a fazê-lo. Até ao momento, o clínico não foi suspenso.
Aliesky Aguilera permanece na Ordem dos Médicos, paga as quotas e continua a exercer medicina no Continente, avança a mesma publicação. Quando foi condenado, o médico deixou os Açores e desde que se perdeu o seu rasto. O suspeito não especifica a morada profissional na Ordem.
O médico recorreu da sentença para o Tribunal da Relação de Lisboa, alegando que os crimes não se tratavam de violação, mas sim de ofensas à integridade física. A pena foi reduzida em seis meses, tendo agora que cumprir cinco anos e meio de cadeia. A Procuradoria-Geral da República afirma ao jornal que ainda não foram emitidos os mandados de detenção para cumprimento da pena.
Comunicado da PJ leva vítimas a apresentarem queixa
Os crimes remontam a 2017. Em agosto desse ano, a Polícia Judiciária relatava, em comunicado, que uma das «vítimas, de 33 anos de idade, havia dado entrada naquele serviço em estado febril e com dores de ouvidos e garganta», acabando por sofrer abusos por parte do clínico, «altura em que fugiu do gabinete e foi pedir ajuda», acrescentava o comunicado.
Na sequência deste primeiro comunicado da PJ, surgiram outras vítimas a queixar-se de situações semelhantes. A primeira queixa apresentada ocorreu três meses depois de o médico ter dado entrada no Hospital nos Açores.
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