Resolvido caso de menina encontrada morta há 30 anos em França
Os pais da menina assassinada há 30 anos foram detidos, mas a mãe acusa o marido da morte da filha, apesar de admitir ter também sido violenta com ela.
Foi finalmente resolvido o caso de uma menina encontrada morta há 30 anos em França. Inass Touloub, de origem marroquina, foi assassinada em 1987 e o corpo nunca foi reclamado.
Submetida a testes de DNA, nunca houve correspondência nos registos criminais da Polícia francesa. Há três dias, as autoridades de Suèvres receberam um alerta, dando conta de uma pista.
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Um homem que tinha sido detido no passado fim-de-semana partilhava o mesmo DNA da vítima. Trata-se de um dos irmãos da criança.
Foi ele quem contou os pormenores macabros da morte da menina. «Foram os meus pais que a mataram e depois disseram na escola e aos vizinhos que ela tinha ficado em Marrocos e que estava a ser criada pelos meus avós.
«Nós sabíamos de tudo porque viajámos com o corpo para Marrocos e, pelo caminho, eles abandonaram-no», explicou. Os progenitores, ambos de 64 anos, não negaram o crime e avançaram que tinham maltratado a menina e que a morte resultou de várias pancadas na cabeça, conforme já tinha sido referido há várias décadas pela Polícia.
O corpo da menina apresentava lesões, golpes e cicatrizes em várias partes
Inass tem mais seis irmãos e todos eles estavam sinalizados pela segurança social, que nunca questionou o desaparecimento da criança.
O corpo de Inass Touloub foi encontrado na Autoestrada A10, a 11 de agosto de 1987. Estava envolto numa manta e apresentava lesões, golpes e cicatrizes em várias partes.
A autópsia revelou que a menina tinha sido torturada com cigarros, ferro de engomar e com um objeto pesado, tendo várias fraturas.
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Na altura, as autoridades policiais divulgaram a fotografia em mais de 30 países, mas nunca conseguiram obter qualquer pista, nem a sua identificação. Inass Touloub foi denominada por «mártir da A10» durante mais de três décadas, tendo sido sepultada com esse nome, num cemitério de Suèvres.
A investigação foi retomada em 1997, com os testes de DNA, que só agora se tornaram eficazes. Os pais da menina foram detidos, mas a mãe acusa o marido da morte da filha, apesar de admitir ter sido violenta com ela.
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