Menina escreve carta após ser violada por pai e avô: “Doía muito”
Uma criança de 9 anos denunciou ter sido violada várias vezes pelo próprio pai e pelo avô. “Doía muito, mas ele continuava”.
Uma menina de 9 anos denunciou ter sofrido abusos sexuais do próprio pai e do avô. O caso foi denunciado em junho deste ano e a investigação continua, sem ninguém ter sido detido. A criança faz acompanhamento psicológico e relatou as agressões numa carta. Os abusos foram descobertos pela mãe da menina, enquanto lavava roupa. Até então, nunca desconfiou que a criança estivesse a ser violada. “Eu estava a lavar a roupa quando encontrei umas cuecas dela com manchas de sangue. Estranhei, porque ela ainda não menstrua. Em conversa, revelou que o sangue era das agressões que o pai e o avô tinham causado na região íntima dela, ao violá-la”, contou a mãe.
A criança explicou que o pai – de 33 anos – abusava dela desde os cinco anos de idade, já o avô – de 78 anos – terá iniciado as violações em 2020. “Durante muito tempo trabalhei num centro comercial e por isso o pai ficava a cuidar das crianças aos finais de semana. Os abusos aconteciam precisamente quando estava a trabalhar e ele ficava em casa. Já com o avô, os abusos aconteciam quando eu precisava que ele a fosse buscar à escola”, disse ao g1.
«É o meu pai, admirava-o»
O caso foi denunciado na Esquadra da Mulher de São José dos Campos, em São Paulo, e é investigado pela Polícia Civil. O pai da menina fugiu após a denúncia. “Assim que descobri corri com ela para a esquadra e apresentei queixa contra o pai e o avô. Mesmo com provas e exames que compravam o abuso, o pai dela chamou-me de louca, dizia que não tinha feito nada e antes que eu voltasse da esquadra já havia fugido. Saiu só com a roupa com que estava vestido e a carta de condução. Foi muito chocante e doloroso descobrir isso porque eram duas pessoas em quem eu confiava e nunca desconfiei que pudessem fazer algo assim”, acrescentou.
A Justiça expediu uma medida de proteção para a criança, para que o pai e o avô não se possam aproximar. Agora, faz acompanhamento psicológico e também tratamento médico, para se recuperar das lesões físicas e prevenir doenças sexualmente transmissíveis que possa ter tido contacto. “Não tive sequer coragem de olhar na cara do avô da minha filha. É o meu pai, admirava-o. Também amava o meu marido. É revoltante. Quero que os dois paguem pelo que fizeram, os dois são culpados. É uma coisa que não tem explicação”, contou.
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