Militar detido por difamar e perseguir três magistrados

Militar da GNR de Vila Verde é suspeito de 66 crimes de difamação, injúria e perseguição, todos na forma agravada, contra uma juíza e dois procuradores do Ministério Público.

Militar detido por difamar e perseguir três magistrados

Um militar da GNR de Vila Verde foi detido nesta quinta-feira, 29 de abril, por suspeita de 66 crimes de difamação, injúria e perseguição, todos na forma agravada, contra uma juíza e dois procuradores do Ministério Público (MP) de Vila Verde. O suspeito, Carlos Lima, foi detido pela própria GNR e presente ainda ontem a um juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Braga, mas só hoje serão decididas as medidas de coação.

No final da diligência de ontem, o MP pediu a prisão preventiva do arguido, ainda que sob a forma domiciliária, enquanto o advogado João Araújo Silva defendeu o arquivamento do inquérito, argumentando que as alegadas ameaças foram proferidas no Facebook, mas no processo não consta o endereço eletrónico do arguido. O arguido ficou detido na GNR, mas a força não prestou quaisquer declarações sobre o caso.

Condenações anteriores na origem das perseguições

De acordo com o JN, Carlos Lima, de 36 anos, foi condenado duas vezes no Tribunal de Vila Verde por causa de uma querela: o pai terá emprestado 100 mil euros a uma pessoa e esta não os devolveu, o que terá motivado a intervenção do militar, em modos agressivos. Não tendo sido possível apurar os tipos de crimes pelos quais foi condenado naqueles processos, mas, por ter considerado as suas condenações injustas, o militar começou a perseguir os três magistrados na rede social e a ir com frequência ao Tribunal de Vila Verde para assistir a julgamentos em que intervinham os magistrados.

Também os terá abordado na rua, à entrada do Tribunal e mesmo no restaurante que frequentam, pedindo esclarecimentos sobre as sentenças. Agora, o militar é suspeito de 43 crimes contra a juíza, 13 contra um procurador e dez contra o outro. Três dos crimes são de perseguição. O homem é considerado psicologicamente instável, tendo ontem levado o juiz de instrução a pedir a presença da GNR no edifício.

LEIA AINDA
Pandemia pôs fim à prostituição em Lousada
Pandemia acabou com a prostituição em Lousada
GNR emitiu 60 contraordenações por violação do dever geral de recolhimento domiciliário e da limitação de circulação entre concelhos a prostitutas e a clientes. (… continue a ler aqui)

Impala Instagram


RELACIONADOS