No despacho de pronúncia, o Ministério Público pede prisão preventiva para Luís Filipe Vieira, acaba de avançar, nesta quinta-feira, a RTP. O presidente do Benfica foi detido ontem na sequência de investigação a negócios e financiamentos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

Luís Filipe Vieira “sereno e até, de vez em quando, dizendo uma graça”

Bruno Macedo e Vieira são dois dos quatro detidos por suspeita de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”. Alegados factos que terão ocorrido “a partir de 2014 e até ao presente”. O advogado de Luís Filipe Vieira descreve-o “sereno e até, de vez em quando, dizendo uma graça”. Vieira está “muito triste com o que está a acontecer ao Benfica” e “consciente da preocupação dos sócios”. Vieira está convicto de que “não cometeu nenhum crime” e, por isso, “está de consciência tranquila” sobre a sua inocência, garante Magalhães e Silva, advogado que representa o presidente benfiquista.

Alegado esquema para benefício pessoal

O MP considera que Bruno Macedo será o testa-de-ferro de Vieira. “Apurou-se ainda que, nos anos de 2015 e 2016, a SL Benfica SAD realizou pagamentos diretos à Master International FZE no montante global de 2.636.362,62 euros, sendo que tais ganhos foram mobilizados, na sequência do acordado entre Luís Filipe Vieira e Bruno Macedo, para, pelo menos em parte, virem a beneficiar as sociedades do Grupo de Luís Filipe Vieira.”

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