MNE considera extemporâneo especificar garantias de segurança que Portugal dará à Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou hoje que “é extemporâneo” especificar o apoio que Portugal pode prestar à Ucrânia dentro de um eventual cenário de paz.

“É extemporâneo dizer em que termos, mas, evidentemente, Portugal quer estar presente, e demonstra essa solidariedade, também na reconstrução”, disse Paulo Rangel, em conferência de imprensa com o homólogo ucraniano, Andrii Sybiha, em Kiev, capital da Ucrânia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que é importante a envolvência de todos os países da União Europeia (UE) no processo de paz que pode estar para começar, se a Rússia concordar com a proposta de Washington para um cessar-fogo de 30 dias.
“Está em causa uma nova ordem de convivência europeia e é importante que os países europeus possam ser chamados a dar essas garantias de segurança”, completou.
Questionado pelos jornalistas sobre qual poderá ser o papel de Portugal nas futuras garantias de segurança, Paulo Rangel insistiu “que ainda é prematuro” falar sobre a concretização desse apoio.
Em consonância com Paulo Rangel, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano disse que o processo de paz tem de envolver o país invadido há mais de três anos pela Rússia e os países da UE: “Nada sobre Ucrânia sem a Ucrânia, nada sobre Europa sem a Europa.”
Andrii Sibiga referiu que “desde os primeiros dias da invasão russa”, Portugal “abriu as portas e acolheu milhares” de cidadãos ucranianos.
Alertando que o “futuro da Europa depende da unidade”, o chefe da diplomacia ucraniana pediu a Portugal apoio nas relações com os países africanos e da América Latina, de modo a ‘fechar’ as possibilidades de a Rússia contornar sanções e não conseguir outros parceiros que permitam alimentar o conflito.
AFE // APN
By Impala News / Lusa
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