MNE defende apoio à Ucrânia deve ser redobrado pela arquitetura de segurança da Europa
O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu hoje que o apoio à Ucrânia deve ser redobrado em defesa da integridade territorial do país, estando em causa também a arquitetura de segurança da Europa.
“Marcam-se hoje dois anos desde o nefasto dia de 24 de fevereiro de 2022, o dia em que as forças armadas russas entraram por todas as fronteiras da Ucrânia depois de em 2014 já terem anexado o território ucraniano da Crimeia. Nesta data temos de redobrar os nossos esforços de apoio à Ucrânia. O que está em causa não é apenas, e como se fosse pouco, a integridade territorial da Ucrânia. Aquilo que está em causa é toda a arquitetura de segurança da Europa”, disse João Gomes Cravinho.
Numa mensagem em vídeo publicada na conta do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X (antigo Twitter), o ministro sublinhou que uma vitória da Rússia afeta toda a Europa e Portugal não é exceção.
“Se Putin tiver sucesso na sua guerra ilegal, na sua guerra de agressão, contra a Ucrânia, será toda a ordem internacional a ser posta em causa, muito em particular a ordem da Europa e isso afeta diretamente Portugal e sobre isso não devemos ter dúvidas”, referiu.
Considerando que “uma vitória russa semeará as sementes de uma desordem internacional durante décadas”, João Gomes Cravinho frisou que “é por isso que Portugal, e tantos outros países pelo mundo fora, apoiam a Ucrânia”.
“É por isso que nos mantemos firmes nesse apoio. É por isso que pensamos que a Rússia tem de ser responsabilizada diretamente pela reconstrução da Ucrânia e o próprio Putin deve responder pela guerra de agressão que ele escolheu lançar. Continuaremos a apoiar a Ucrânia”, terminou.
Nos últimos dias, vários governos europeus insistiram na necessidade de coordenar melhor o fornecimento de equipamento militar à Ucrânia que assinou acordos bilaterais de segurança com o Reino Unido, a França e Alemanha.
Também António Costa recordou hoje na rede X os dois anos de guerra na Ucrânia, afirmando que Portugal estará ao lado da “resistência heroica” do povo e das forças armadas ucranianas pelo tempo que for necessário, até que seja alcançada uma paz justa e duradoura.
Na mesma linha, e também no X, o presidente da Assembleia da República afirmou hoje que Portugal continuará a apoiar a Ucrânia, o povo ucraniano e o seu exército, em nome da liberdade e independência e pela contínua defesa dos povos e valores europeus.
Em 01 de fevereiro, os líderes da União Europeia chegaram a um acordo sobre apoio financeiro de 50 mil milhões de euros à Ucrânia.
A guerra na Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma ofensiva militar com o argumento de que queria defender os territórios pró-russos e eliminar o nazismo no país vizinho.
A invasão russa provocou a crise de segurança mais grave da Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
PFT // CC
By Impala News / Lusa
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