Regresso às aulas: Venda de mochilas antibalas aumenta nos Estados Unidos

Em agosto deste ano, em menos de 24 horas, dois tiroteios nos Estados Unidos provocaram pelo menos 32 mortos.

Regresso às aulas: Venda de mochilas antibalas aumenta nos Estados Unidos

O crescente número de tiroteios nos Estados Unidos deixaram os norte-americanos em alerta. Prova disso é o aumento do número de vendas de mochilas antibalas desde o início do ano letivo. Os preços variam entre os 140 e os 270 euros.

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Dois tiroteios nos Estados Unidos em menos de 24 horas

Em agosto deste ano, em menos de 24 horas, dois tiroteios nos Estados Unidos provocaram pelo menos 32 mortos. O mais mortal aconteceu no dia 3 de agosto, num supermercado Walmart, em El Paso, no estado do Texas. Morreram pelo menos 22 pessoas. Na madrugada seguinte, seguiu-se um novo tiroteio no estado do Ohio, e que provocou pelo menos dez mortos – entre eles o atirador, abatido pela polícia – e 16 feridos.

Pais norte-americanos preocupados com um possível tiroteios nas escolas dos filhos

Estes acontecimentos deixaram os norte-americanos em alerta e as vendas de mochilas antibalas aumentaram em 300% nas semanas anteriores ao regresso às aulas. Cerca de 40% dos pais norte-americanos estão «muito preocupados» com um possível tiroteio nas escolas dos filhos e, por isso, admitiram comprar uma mochila à prova de balas. «O Noah, de dez anos, tem medo de ir à escola e eu também, como mãe, por tudo o que tem acontecido. Comprei-lhe uma mochila antibalas, sim. Não é nenhuma garantia mas se algo acontecesse poderia proteger-se», explica a mãe de um aluno do colégio Sunset Park Elementary de Miami ao jornal espanhol.

O que permite a estas mochilas serem antibalas

Aparentemente, não há nada de diferente nestas mochilas que as distinga das outras normais, mas no interior possuem painéis que foram testados com balas de até nove milímetros. Apesar dos testes confirmarem a sua eficácia, o Instituto Nacional de Justiça norte-americano não certificou nenhuma mochila antibala.

Prevenção ou golpe de marketing?

Há quem veja esta medida como um golpe de marketing que pretende aproveitar-se destes acontecimentos trágicos e do consequente medo dos pais. «É triste que estas empresas beneficiem de algo tão trágico e façam com que os pais pensem que estas mochilas ou camisolas vão proteger os seus filhos», afirma uma encarrega de educação. O ex-comissário do departamento da polícia de Nova Iorque, William Bratton, defende também, em entrevista à CNBC, que «estas mochilas não resistiriam, em nenhuma circunstância, a espingardas que tanto se usam em tiroteios em escolas».

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