O corpo de Kevin Halligen, de 56 anos, foi encontrado «numa poça de sangue em sua casa», em Surrey. Um patologista disse ao Woking Coroner’s Court que «não havia sinal de agressão». O detetive, acusado de extorquir os pais de Maddie McCann em 300 mil libras – 340 mil euros – morreu numa queda «sangrenta» na sua mansão, de acordo com o relatório pericial. A polícia tratou o falecimento de Halligen como «inexplicável» depois de o médico legista Richard Travers ter determinado «morte por hemorragia cerebral». Os inspectores «não encontraram quaisquer circunstâncias suspeitas» de crime, informa o Daily Mirror.

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Halligen mentiu aos pais de Maddie, dizendo-lhes ser agente do MI6

O «detetive desonesto» – que falsamente alegou ser um agente do MI6 – foi contratado por Kate e Gerry McCann depois de a filha ter desaparecido em Portugal em 2007. Provou-se ainda que Halligen tirou do fundo Find Madeleine McCann de 300 mil libras e que mentiu também sobre o seu estatuto de espião de alta tecnologia e de ter «contatos da CIA», como divulgou o documentário da Netflix. A Oakley International recebeu o dinheiro depois de Maddie ter desaparecido na Praia da Luz, aos três anos, e «nada fez» para investigar o desaparecimento.

Documentos de rastreio eram simples imagens do Google Earth

O irlandês de Surrey prometeu que a sua «equipa» de ex-gentes do FBI e de investigadores das forças especiais rastreariam Madeleine com tecnologia de satélite – que, afinal, eram simples documentos com imagens imprimidas do Google Earth. Depois de apenas cinco meses, o contrato foi rescindido, quando Gerry McCann deixou de ter confiança na forma como o dinheiro estava a ser gasto.

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