Morreu o presidente polaco esfaqueado durante evento solidário
O presidente da câmara de Gdansk, na Polónia, foi esfaqueado durante um evento de solidariedade e acabou por não resistir aos ferimentos. Pawel Adamowicz, de 53 anos, morreu esta segunda-feira, no hospital.
O presidente da câmara de Gdansk, na Polónia, Pawel Adamowicz, morreu esta segunda-feira, dia 14 de janeiro, no hospital. O autarca foi esfaqueado no domingo, dia 13 de janeiro, num evento de solidariedade. Adamowicz não resistiu aos ferimentos.
A notícia foi divulgada pelo ministro da Saúde da Polónia, Lukasz Szumowski, nas redes sociais. «Ele não resistiu», escreveu.
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Pawel Adamowicz de 53 anos encontrava-se numa angariação de fundos promovida pela Grande Orquestra de Caridade de Natal. No momento do discurso do autarca, um homem de 27 anos subiu ao palco e esfaqueou-o diante da multidão. Depois agarrou no microfone e gritou que esteve preso injustamente devido ao partido de Adamowicz.
«Olá, olá. O meu nome é Stefan. Estive preso inocentemente. A Plataforma Cívica torturou-me e é por isso que Adamowicz está morto», disse depois de esfaquear o presidente.
Pawel Adamowicz foi transportado de imediato para o hospital, onde foi submetido a uma cirurgia de cinco horas. O autarca acabou por não resistir.
O diretor do Hospital Clínico Universitário de Gdansk avançou que o esfaqueamento tinha provocado «graves danos cardíacos e feridas no diafragma e na cavidade abdominal».
População em choque
Este acontecimento está a ser recebido com grande consternação pelos polacos. Segundo o que a jornalista Annabelle Chapman relatou no Twitter vêem-se pessoas «visivelmente perturbadas» no metro da capital.
De acordo com a Reuters, o Presidente polaco, Andrzej Duda, vai encontrar-se com todos os líderes partidários esta segunda-feira e um dos temas em discussão será a organização de uma marcha contra a violência e o ódio.
Suspeito sofria de transtornos psicológicos
O suspeito foi detido no local. O governo afirmou ainda que o atacante sofria de transtornos psicológicos. O porta voz da polícia revelou a identidade do homem: Stefan W. A lei polaca impede a revelação do apelido do detido.
O vice ministro do Interior, Jaroslaw Zielinsk, informou que o departamento judicial abriu uma investigação para determinar se a agência de segurança presente no evento actuou com diligência.
A agência, por sua vez, afirma que as medidas de seguranças adotadas foram as habituais e ressalvou que não existia nenhum indício de ameaça que indicasse que o autarca deveria ter especial proteção.
A dúvida que permanece agora é como é que o atacante conseguiu aceder ao espaço da imprensa, que se encontrava junto do palco, onde o presidente foi assassinado. Jornalistas afirmam que os controlos de acesso eram escassos.
Pawel Adamowicz, de 53 anos, é o presidente da Câmara de Gdansk desde 1998. Integrou a oposição democrática naquela cidade, ainda no tempo da liderança de Lech Walesa. É visto como um político progressista e tolerante, que apoia os direitos das pessoas LGBT e respeita minorias. Mostrou também apoio às crianças sírias, ao recebê-los em Gdansk para receberem tratamento médico. No entanto, este foi um plano que acabou por ser cancelado pelo governo da Lei e da Justiça.
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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais | Fotos: Instagram de Pawel Adamowicz
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