Investigados maus-tratos em centro para crianças em risco em Viana do Castelo
O Ministério Público (MP) está a investigar um caso de alegados maus-tratos no Berço, instituição de acolhimento temporário de bebés e crianças em risco de Viana do Castelo, confirmou fonte da Procuradoria-Geral da República.
Os alegados maus-tratos encontram-se “em investigação e não tem arguidos constituídos”, refere a PGR. O Berço é uma valência da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, criada em 1992, que acolhe crianças dos 0 aos 12 anos. Confrontado sobre a denúncia em investigação, o presidente do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima rejeitou “qualquer situação de maus-tratos na instituição”.
O padre Artur Coutinho adiantou tratar-se de uma situação de “raiva de uma assistente social que foi despedida, em 2021, por não ter perfil para trabalhar com crianças”. O responsável referiu que “a instituição abriu um inquérito interno para apurar os alegados maus-tratos, mas acabou arquivado”. Garantiu que “o despedimento da assistente social cumpriu todos os requisitos exigidos pelo tribunal de trabalho, para onde aquela recorreu após ter sido despedida por justa causa”.
Desde então, adiantou Artur Coutinho, “a assistente social tem denegrido a instituição em todo o lado”. Além do Berço, a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) detém um jardim-de-infância, centro de dia, serviços de apoio ao domicílio e de acompanhamento de famílias beneficiárias de Rendimento Social de Inserção (RSI), e um refeitório social. Um pedido de esclarecimento ao Instituto da Segurança Social (ISS) ainda não tem resposta.
A notícia da investigação do MP a uma denúncia de alegados maus-tratos na instituição é hoje avançada pelo jornal Público. De acordo com o diário, o Ministério Público (MP) está a investigar uma denúncia sobre alegados maus-tratos no “Berço” que remontam a junho de 2021 e envolve funcionárias do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima.
Segundo o jornal, “no cerne desta história está um rapaz de nove anos e o seu pai, as duas educadoras que terá apontado como agressoras e a assistente social com quem terá falado”. A assistente social “começou por ser suspensa e acabou despedida com o argumento de que produziu falsas declarações, pondo em causa a honra, a dignidade, o bom nome e a imagem do Berço e das colegas”. O processo-crime encontra-se em segredo de justiça.
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