Há quase uma década que Margarita Espallardo se encontra em estado vegetativo. A mulher sofreu danos cerebrais durante uma operação ocorrida num hospital em Múrcia, Espanha. As lesões ocorreram na sequência de complicações com a intubação (introdução de um tubo na traqueia), que deixou a paciente sem oxigénio por mais de 15 minutos.

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A responsabilidade do caso é atribuída, segundo o jornal ‘El País’, aos dois médicos que atenderam Margarita. A acusação afirma que os especialistas ignoraram o alerta do relatório pré-operatório que dava conta que a mulher já havia sofrido problemas de intubação numa cirurgia anterior.

A decisão do tribunal concede à mulher e à sua família uma compensação de 1,62 milhões de euros oferecido pela Associação de Vítimas de Negligência Médica.

«A medicina fornece medidas alternativas. Nenhuma foi adotada nesta situação»

Os médicos descobriram alguns nódulos – que vieram a revelar-se benignos – na tiróide de Margarita. Em janeiro de 2010 indicaram a sua remoção, de acordo com os relatórios médicos consultados. A mulher foi encaminhada para o hospital, e recebeu a visita do serviço de anestesiologia, cujo relatório referia «complicações anestésicas: dificuldade de intubação».

O advogado da família explica que «o perigo nesses casos é que, após a anestesia, os médicos não consigam intubar o paciente, uma vez que este não consegue respirar sozinho». «Portanto, a medicina fornece várias medidas cautelares alternativas, nenhuma das quais foi adotada nesta situação», lamentou.

No dia seguinte à operação, e já sem o efeito dos fármacos, os médicos viram-na a abrir os olhos. No entanto, a paciente não reagia a estímulos externos. Desde então, Margarita não recuperou nenhuma das funções vitais e vive confinada a uma cama de residência.

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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais

 

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