A mulher, de 27 anos, que tentou envenenar o filho, ao administrar clorofórmio no soro, no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, pode vir a ser acusada de tentativa de homicídio qualificado, avança o Correio da Manhã. Inicialmente, foi-lhe imputado, em primeiro interrogatório judicial, o crime de ofensas corporais agravadas, mas as novas provas recolhidas pela Polícia Judiciária (PJ) podem vir a mudar a acusação.

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A PJ recolheu novos indícios que mostram que Patrícia Ribeiro já teria tentado matar o filho anteriormente e que administrava-lhe clorofórmio frequentemente, pelo que tinha a noção de que atentava contra a vida do menor. O menino, de sete anos, deixou esta quarta-feira, 31 de julho, os Cuidados Intensivos, refere a mesma publicação, que cita fonte hospitalar. A criança, que se encontrava em coma, já dá pequenos passos. No entanto, ainda não se sabe os efeitos que o veneno terá provocado, a longo prazo, na saúde do menino.

Menino começou a ser envenenado em abril

O diário revela que os ataques começaram em abril.  Antes de envenenar o filho, Patrícia Ribeiro já teria tentado afogá-lo. O CM noticia que a mulher trabalhava numa escola de mergulho, em Peniche, e que tinha por hábito levar a criança. Numa dessas ocasiões, tê-lo-á empurrado para um tanque. O menor, que não sabia nadar, terá sido salva pelos colegas de Patrícia e assistida, posteriormente, pelo INEM, num quadro de hipotermia e pré-afogamento. Questionado pela equipa médica, o menino acabou por revelar que tinha sido a mãe a atirá-lo, mas nada foi feito. Até ao dia em que foi detida, ninguém desconfiava da mulher.

Mãe tenta matar o filho para chamar a atenção do ex-namorado

A investigação prossegue e tudo indica, até ao momento, que Patrícia Ribeiro terá tentado matar o filho, por diversas vezes, para chamar a atenção do ex-namorado –  uma relação posterior à que teve com o pai da criança. Queria, usando a proximidade do homem ao filho, que este tivesse pena dela e assim reatassem relação.

A mulher continua em prisão preventiva e está a receber acompanhamento médico na cadeia. A acusação deverá ser deduzida até 28 de dezembro, data em que faz seis meses que foi detida.

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