Mundial2022: Mais de 700 detidos libertados no Irão após vitória sobre Gales
Mais de 700 prisioneiros foram libertados hoje no Irão após a vitória, sexta-feira, da seleção iraniana sobre o País de Gales, em jogo da segunda jornada do Grupo B do Campeonato do Mundo de Futebol, que decorre no Qatar.
A decisão foi anunciada hoje pela agência para a autoridade judiciária iraniana, que lembra que, depois de perder por 2-6 com a Inglaterra na primeira jornada, a seleção iraniana, treinada pelo português Carlos Queirós, venceu sexta-feira o País de Gales por 2-0 e defrontará terça-feira os Estados Unidos. Em caso de vitória, o Irão ficará apurado para os oitavos de final da prova. “Na sequência de uma ordem especial do Chefe da Magistratura decretada após a vitória da seleção nacional de futebol […] sobre a do País de Gales, foram libertados 709 reclusos de diferentes estabelecimentos prisionais do país”, especifica a agência.
Dezenas de pessoas provocam distúrbios no centro de Bruxelas
Dezenas de pessoas provocaram hoje distúrbios no centro de Bruxelas, obrigando a polícia a intervir, após o jogo de futebol do Mundial do Qatar em que Marrocos venceu a Bélgica (… continue a ler aqui)
Segundo a Irna, entre os que foram libertados estão “algumas pessoas presas durante os últimos acontecimentos”, acrescentou a Irna sem avançar mais pormenores. Por “acontecimentos”, a agência noticiosa refere-se aos protestos desencadeados pela morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos que morreu três depois de ter sido detida pela Polícia da Moralidade por, supostamente, quebrar o código de vestimenta estrito do país ao usar incorretamente o ‘hijab’, ou véu islâmico.
Entre os que foram libertados estão pessoas que protestaram após a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos que morreu três depois de ter sido detida pela Polícia da Moralidade
Teerão, que considera a maioria das manifestações como “motins”, acusa “forças estrangeiras” de estarem por trás do movimento de protestos com o intuito de desestabilizar a República Islâmica. Desde o início dos protestos, pelo menos 426 pessoas foram mortas e mais de 17.400 foram detidas, de acordo com os Human Rights Activists in Iran (Ativistas dos Direitos Humanos no Irão), grupo que monitoriza o movimento de contestação em curso, segundo o qual pelo menos 56 membros das forças de segurança iranianas foram também mortos.
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