Navio encalhado e tripulação não correm risco apesar das condições atmosféricas
A agitação marítima e o vento forte que se têm feito sentir tendem a melhorar durante o dia e, por esse motivo, nem a tripulação, nem o navio encalhado junto ao Bugio correm risco.
A agitação marítima e o vento forte que se têm feito sentir tendem a melhorar durante o dia e, por esse motivo, nem a tripulação, nem o navio encalhado junto ao Bugio correm risco, segundo o comandante Coelho Gil.
«A maré está a descer. É natural que junto ao navio se note mais alguma rebentação, mas a altura da ondulação está claramente a baixar e assim continuará ao longo do dia de hoje, ou seja, as condições meteorológicas vão melhorando quer na altura da ondulação quer na intensidade do vento. Em relação ao impacto do mar junto ao navio à medida que a maré vai baixando, o impacto também vai baixar», disse.
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O comandante da Capitania do Porto de Lisboa adiantou também à agência Lusa que «não há qualquer tipo de perigosidade [para o navio] por causa da carga». «É um navio de carga geral. Está carregado de areia. É uma carga que não é perigosa», adiantou.
O comandante Coelho Gil acrescentou ainda que só vai ser feita alguma coisa depois de o armador apresentar o plano de remoção da embarcação, o que deverá acontecer em breve.
«Primeiro vamos ver plano de remoção [do navio], discuti-lo e quando estiverem reunidas as condições avançamos», disse. O navio Betanzos, com bandeira espanhola, está encalhado desde as 01:00 de hoje junto ao Bugio, na foz do rio Tejo, ao largo de Lisboa, com 10 tripulantes a bordo, que estão bem. A embarcação, ao contrário do que tinha sido avançado pela autoridade anteriormente, tem 118 metros.
Navio encalhado «ficou à deriva e depois a maré acabou por levá-lo à situação em que está agora junto ao Bugio»
«Cerca da 01:00 o navio teve um ‘blackout’ total à saída da barra, ficou à deriva e depois a maré acabou por levá-lo à situação em que está agora junto ao Bugio. Está encalhado», disse anteriormente à agência Lusa o comandante da Capitania do Porto de Lisboa, Coelho Gil.
O comandante explicou que o ‘blackout’ apaga a propulsão, a energia a bordo, ficando o navio à deriva, sem capacidade para se movimentar. «A maré pegou no navio, devolveu-o ao rio Tejo, mas pelo lado errado, para o Bugio numa área que tem muitos cabeços de areia e ele acabou por encalhar», disse.
O navio «tinha saído do terminal do Beato, em Lisboa, rumo a Casablanca [Marrocos]». Segundo a mesma fonte, a agência, a capitania e a administração do Porto de Lisboa já estão a preparar os rebocadores para proceder à operação para desencalhar o navio.
«A agência responsável por retirar o navio já está a preparar os rebocadores. Agora como a maré está a vazar já não é possível rebocá-lo. Provavelmente só na próxima preia-mar que será às 18:00», explicou.
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Até às 18:00, segundo o comandante, vão decorrer os preparativos para levar a cabo a operação, que «não vai ser muito fácil». «É preciso levar cabos a bordo do navio, pôr os rebocadores numa posição segura. Os rebocadores não vão poder aproximar-se do navio porque está completamente encalhado, por isso, vamos ver por volta das 18:00 como é que isto vai decorrer», referiu.
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