Novo balanço aponta para 22 mortos em incêndio em fábrica na Coreia do Sul
O número de mortos num incêndio numa fábrica de baterias de lítio na Coreia do Sul aumentou para 22, indica o mais recente balanço das autoridades, que continuam a procurar um funcionário desaparecido
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De acordo com uma contagem feita pela polícia e divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, as vítimas mortais foram encontradas no segundo andar da fábrica, onde começou o incêndio e onde as baterias são inspecionados e embalados.
A maioria dos mortos eram trabalhadores oriundos da China, enquanto cinco eram sul-coreanos e um era cidadão do Laos, referiu a Yonhap. Também o funcionário que permanece desaparecido é chinês.
Muitos nacionais chineses, incluindo da minoria étnica coreana, migraram para a Coreia do Sul em busca de emprego desde que Pequim e Seul estabeleceram laços diplomáticos em 1992.
Tal como outros migrantes de países do Sudeste Asiático, trabalham frequentemente em fábricas, estaleiros de construção e restaurantes, nos chamados empregos “difíceis, perigosos e sujos”, rejeitados por sul-coreanos.
As equipas de socorro passaram a noite em buscas no interior do prédio de três andares e mobilizaram hoje cerca de 100 pessoas e cães para tentar encontrar o desaparecido.
Os bombeiros retiraram ainda oito feridos da fábrica, dois deles com gravidade.
O incêndio na fábrica da empresa sul-coreana de baterias Aricell, em Hwaseong, 45 quilómetros a sul de Seul, começou na segunda-feira, numa altura em que 102 pessoas estavam a trabalhar no local.
De acordo com um responsável dos bombeiros, Kim Jin-young, uma testemunha disse às autoridades que o incêndio começou depois de as baterias terem explodido quando os trabalhadores as estavam a examinar antes de serem embaladas.
Cerca de 35 mil baterias de lítio – altamente inflamáveis – encontravam-se armazenadas no segundo andar da fábrica onde deflagrou o incêndio.
O Governo da Coreia do Sul prometeu que uma equipa conjunta de bombeiros, polícia e autoridades vai iniciar uma investigação no local para determinar a causa do acidente.
O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, visitou o complexo industrial na segunda-feira para oferecer as condolências aos familiares das vítimas daquele que já é provavelmente o pior acidente no setor químico da história do país.
VQ (PSP) // EJ
By Impala News / Lusa
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