Número de mortos no porto iemenita atacado pelos EUA sobe para 74

O número de mortos devido aos ataques norte-americanos na quinta-feira a um porto petrolífero no oeste do Iémen subiu para 74, disseram hoje os rebeldes Huthis, que são apoiados pelo Irão.

Número de mortos no porto iemenita atacado pelos EUA sobe para 74

Segundo escreveu Anees Alasbahi, porta-voz do Ministério da Saúde da administração Huthi, na rede social X, o total de mortos contra o porto de Ras Issa “subiu para 74, havendo ainda a registar 171 feridos”.

As operações de salvamento continuam, acrescentou.

O saldo dos ataques norte-americanos é o mais mortífero desde que se iniciou em 15 de março a intervenção militar dos EUA sob a direção do Presidente Donald Trump.

O anterior balanço dos ataques de quinta-feira era de 58 mortos e 126 feridos.

O exército norte-americano anunciou na quinta-feira que os seus bombardeamentos resultaram na destruição do porto petrolífero de Ras Issa, controlado pelos rebeldes Huthis.

Imagens difundidas na madrugada de hoje pelo canal de televisão Al-Massira, controlado pelos Huthis, apresentadas como as “primeiras imagens da agressão norte-americana” contra o porto petrolífero, mostravam uma bola de fogo a iluminar a zona onde se encontram os navios, enquanto espessas nuvens de fumo se elevavam sobre o que parece ser um incêndio, descreveu a AFP.

“As equipas de salvamento da defesa civil e os paramédicos estão a fazer tudo o que podem para procurar e retirar as vítimas e extinguir o fogo”, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde Huthi.

Segundo o Comando norte-americano para o Médio Oriente, “o objetivo destes ataques era atingir as fontes económicas do poder Huthi”.

“Os Estados Unidos tomaram (estas) medidas para eliminar esta fonte de hidrocarbonetos para os terroristas Huthis apoiados pelo Irão e privá-los das receitas ilegais que financiaram as ações dos Huthis para aterrorizar toda a região durante mais de uma década”, acrescentou o comando em comunicado.

O porto de Ras Issa, juntamente com Hodeida e Salif, recebe cerca de 70% de todas as importações e 80% da ajuda humanitária que entra no Iémen, de acordo com a ONU, enquanto os EUA e outros países afirmam que é utilizado pelos Huthis para importar e exportar petróleo ilegalmente.

Os Huthis começaram a atacar Israel e os navios ligados a este país ao largo das costas do Iémen após o início da guerra em Gaza, em 07 de outubro de 2023, alegando solidariedade com os palestinianos.

Estes ataques, que também visam navios militares norte-americanos, perturbaram o tráfego no mar Vermelho, uma zona marítima essencial para o comércio mundial.

Washington lançou uma campanha aérea contra os Huthis em 15 de março para acabar com as ameaças aos navios no mar Vermelho.

Desde então, os rebeldes lançaram ataques contra navios militares norte-americanos e contra Israel, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos em Gaza.

Os ataques dos rebeldes tinham cessado com a trégua de 19 de janeiro entre Israel e o grupo armado palestiniano Hamas, mas foram retomados depois de Israel ter reiniciado a ofensiva em Gaza em 18 de março.

EL (HN/TAB) // VM

By Impala News / Lusa

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