OIM disponibiiza 2.800 `kits´ de emergência para afetados pelo ciclone Jude em Moçambique
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) vai distribuir 2.800 `kits´ de emergência aos afetados pelo ciclone tropical Jude em Zambézia e Nampula, províncias do centro e norte de Moçambique, anunciou hoje aquela agência das Nações Unidas.

“Apesar dos enormes desafios, a OIM está no terreno a avaliar as necessidades e a prestar ajuda vital”, refere-se numa nota daquela organização.
Em causa está o ciclone tropical Jude, que entrou em Moçambique na madrugada de segunda-feira, através do distrito de Mossuril, em Nampula, tendo feito, até ao momento, pelo menos 14 óbitos, 60 feridos e 100.410 afetados nas províncias de Tete, Manica e Zambézia, no centro de Moçambique, e Nampula, Niassa e Cabo Delgado, no norte do país.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, os `kits´, compostos por esteiras, redes mosquiteiras, cobertores e lonas, entre outros, estão prontos para distribuição aos afetados pelas intempéries.
“É necessário apoio urgente [nas províncias afetadas]”, acrescentou aquela agência.
Dados apresentados em conferência de imprensa pelo porta-voz do executivo, Inocêncio Impissa, indicam que subiu igualmente para 30 o número de unidades sanitárias destruídas pelo ciclone.
O número de famílias afetadas mantém-se em 19.961, havendo ainda 20.244 casas total ou parcialmente destruídas, e 59 escolas, 182 salas de aulas, 17.401 alunos, 264 professores e 1.262 áreas agrícolas afetados.
Moçambique está em plena época chuvosa, que decorre entre outubro e abril, período em que foram já registados os ciclones Chido e Dikeledi, que afetaram igualmente o norte do país.
Os ciclones atingiram Moçambique entre dezembro do ano passado e janeiro último, com maior impacto nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, tendo afetado cerca de 736.000 pessoas e causado a destruição de infraestruturas públicas e privadas.
Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O país africano é considerado um dos mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa.
LYCE (PME) // ANP
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By Impala News / Lusa
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