Operação Fizz: Ministério Público pede separação do processo de Manuel Vicente
A procuradora do Ministério Público Leonor Machado pediu hoje, no primeiro dia do julgamento da Operação Fizz, a separação do processo do ex-vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente.
A procuradora do Ministério Público, Leonor Machado pediu hoje, no primeiro dia do julgamento da Operação Fizz, a separação do processo do ex-vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente.
A procuradora alegou que o procurador Orlando Figueira, arguido neste processo, está há mais de dois anos com medida privativa da liberdade (pulseira eletrónica).
O advogado de Manuel Vicente, Rui Patrício, não se opôs ao pedido. Entretanto, o julgamento foi suspenso por breves instantes até à deliberação.
Julgamento começou hoje sem o arguido Manuel Vicente
O julgamento da ‘operação Fizz‘, que tem como arguidos o ex-vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, o ex-procurador Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires começou hoje no tribunal da comarca de Lisboa.
O pedido de separação de processo do ex-vice-presidente angolano, proposto pela defesa e recusado pelo Ministério Público, deverá ser uma das questões prévias a ser analisada pelo coletivo de juízes, presidido por Alfredo Costa
Manuel Vicente, que à data dos factos era presidente da Sonangol é acusado de ter corrompido Orlando Figueira para que o então procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) arquivasse dois inquéritos, um deles o caso Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril.
Manuel Vicente está acusado por corrupção ativa em coautoria com os arguidos Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais em coautoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e falsificação de documento com os mesmos arguidos.
O ex-procurador do DCIAP está pronunciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos, o advogado Paulo Blanco por corrupção ativa em coautoria, branqueamento também em coautoria, violação de segredo de justiça e falsificação documento em coautoria.
O empresário Armindo Pires, que o MP diz ser o ‘testa de ferro’ de negócios de Manuel Vicente, vai responder em julgamento por corrupção ativa em coautoria com Paulo Blanco e Manuel Vicente, branqueamento de capitais em coautoria com Manuel Vicente, Paulo Blanco e Orlando Figueira e falsificação de documento com coautoria com os mesmos.
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