Paciente com VIH em remissão do vírus há 18 meses
Um paciente, cuja identidade não foi revelada, com VIH está em remissão do vírus há 18 meses depois de ter sido submetido a um transplante de medula óssea. Este é segundo caso de sucesso.
Um paciente afetado com VIH, cuja identidade não foi revelada e que está a ser referido por ‘paciente de Londres’, está alegadamente em remissão do vírus há 18 meses. O doente foi submetido a um transplante de medula óssea e desde então não mostrou nenhum sinal de estar infetado, de acordo com os investigadores do caso publicado esta segunda-feira, na revista Nature.
Se se confirmar, este é o segundo caso de sucesso, em 12 anos, de uma pessoa a ver-se livre do vírus através de tratamentos médicos. Os investigadores dizem que ainda é muito cedo para se falar em cura, mas consideram que este é o caminho certo para encontrar um tratamento.
Segundo a BBC, o doente tinha VIH desde 2003 e, em 2012, foi-lhe detetado Linfoma de Hodking, um tipo de cancro que, se for detetado em fase precoce, pode ser curado. O paciente foi submetido a tratamentos para tratar o cancro, mas acabou por curar também o vírus.
Os médicos assistentes conseguiram encontrar um doador com a mutação genética que confere resistência natural ao VIH. Cerca de 1% dos descendentes de pessoas do Norte da Europa herdaram a mutação dos dois pais e são imunes à maioria do VIH. «É por isso que isto não tem sido observado com mais frequência», afirma o investigador principal.
O transplante acabou por mudar o sistema imunitário do paciente que deixou de tomar medicação contra o VIH. Desde então que não tem vestígios do vírus.
Habitualmente, os doentes com VIH têm de tomar medicação diária para controlar o vírus, que ressurge, normalmente em duas ou três semanas, quando a medicação é suspensa.
Primeiro caso de sucesso foi há 12 anos
O norte-americano Timothy Ray Brown ficou conhecido há 12 anos por ser a primeira pessoa a ser tratada. O homem foi submetido a um tratamento idêntico na Alemanha e curou-se do HIV através de dois transplantes e uma radio terapia.
No tratamento estiveram envolvidos estudos feitos pela Universidade de Londres, o Imperial College de Londres e as Universidades de Cambridge e Oxford.
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