Padrasto abandona mãe de Jéssica: “Foram muitas mentiras”
Padrasto de Jéssica separa-se da mãe da criança. “Foram muitas mentiras.” Menina de três anos morreu na segunda-feira, vítima de alegados maus-tratos. Suspeitos do crime estão em prisão preventiva.
Paulo, padrasto de Jéssica, separou-se da mãe da criança, por não aguentar alegadas “mentiras”. Em declarações ao Correio da Manhã, assegura que Inês sempre lhe disse que a menina estava numa colónia de férias e que nunca lhe foi dito que a criança corria perigo. Diz ainda que não sabia que Inês recorria aos serviços de bruxaria dos suspeitos do crime. “Estamos separados. Ela já está noutra casa. Honrei a menina. Fiz tudo o que podia, mas chega. Foram muitas mentiras”, declarou, descrevendo Jéssica como uma “princesa” e esperando que seja “feita justiça”.
Homicídio de Jéssica está a chocar Portugal
Jéssica morreu na segunda-feira na sequência de alegados maus-tratos. A morte da menina, de três anos, está a chocar Portugal. A mãe de Jéssica contou à Polícia Judiciária que tinha uma dívida de menos de 1000 para com Tita. Alegadamente, por serviços de bruxaria. Os suspeitos – Tita, o marido e a filha – terão retido a criança para exigirem o pagamento da dívida. Jéssica terá sido torturada. Além disso, Tita terá feito vários telefonemas a Inês em que se ouviam os gritos da criança. Seria uma pressão para a mãe pagar o valor em falta, por serviços de um bruxedo de amarração.
Inês terá sido coagida a não procurar ajuda. Temia que o companheiro descobrisse tudo e que a abandonasse. Jéssica esteve cerca de cinco dias na casa de Ana Cristina (Tita) e Justo, em Setúbal. Quando a mãe a foi buscar, a menina apresentava sinais de maus tratos. Jéssica viria a falecer no hospital depois da mãe chamar o INEM.
A menina tinha sido sinalizada pela Comissão de Proteção de Menores logo no nascimento. O Tribunal de Família e Menores de Setúbal tinha arquivado o processo a 30 de maio. Tita, Justo e a filha, os três suspeitos da morte da menina de 3 anos, vão aguardar julgamento em prisão preventiva.
Texto: Ricardina Batista;
Foto redes sociais
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