Luís Miguel, o padre de 46 anos que alegadamente trocou mensagens de cariz sexual com um menor de 13 anos e que está a ser investigado pelo Ministério Público, clamou inocência nas redes sociais. “Apetecia dizer em bom português vão chamar pedófilo à p*** que os pariu… mas sou educado, sempre fui e sempre serei”, lê-se na página pessoal de Facebook, contrariando assim as indicações da sua defesa. A verdade é que a identidade do pároco é pela primeira vez revelada na sequência da reação pública do sacerdote.

Além disso, esta segunda-feira poderá ser um dia determinante para o futuro de Luís Miguel, afastado de todos os serviços diocesanos desde agosto: a alegada vítima é ouvida em tribunal para memória futura. O depoimento deverá centrar-se num almoço, no final de março, numa adega em Viseu. Padre e adolescente, à data com 13 anos, conheceram-se naquele momento. À mesa estava também o pai do jovem, que não se terá apercebido de nada de invulgar durante a refeição. Mas o sacerdote terá mostrado logo interesse no menor, tendo-lhe pedido que escrevesse – sem que os adultos presentes percebessem – o número de telemóvel num guardanapo. Foi a partir daí que as mensagens tiveram início.

Padre terá tentado apalpar e beijar menor

De acordo com o mesmo jornal, o adolescente ausentou-se para ir à casa de banho e acabou por ser perseguido por Luís Miguel, que tentou beijá-lo e apalpá-lo. De regresso à mesa, o menor pediu ao pai para trocar de lugar consigo porque não queria ficar ao lado do padre. Findado o almoço, o alegado pedófilo terá feito dezenas de chamadas ao rapaz, que nunca as atendeu. No dia seguinte mostrou tudo ao pai, que de imediato expôs o caso ao Ministério Público.

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