Identificados 286 padres que abusaram sexualmente de menores

Líderes da Igreja Católica nos Estados Unidos identificaram 286 padres acusados de abusar sexualmente de menores nas últimas décadas.

Identificados 286 padres que abusaram sexualmente de menores

Líderes da Igreja Católica nos Estados Unidos divulgaram nomes de 286 padres acusados de abusar sexualmente de menores nas últimas décadas.

15 dioceses do Texas – Austin, San Antonio, Dallas e Houston – divulgaram, esta quinta-feira, dia 31 de janeiro, 286 nomes de padres que terão abusado de crianças e adolescentes. Esta revelação é feita numa altura em que o Tribunal da Pensilvânia também tornou públicos o caso de 300 padres envolvidos em crimes de abuso sexual de menores.

«Os bispos do Texas decidiram dar a conhecer os nomes desses padres neste momento porque é correto e justo, com o objetivo de oferecer recuperação e esperança àqueles que sofreram», explicou o cardeal Daniel DiNardo, citado num comunicado divulgado pela Diocese de Galveston-Houston.

O reverendo Michael Olson, de Fort Worth, revelou estar «profundamente envergonhado por erros passados cometidos pelos responsáveis pela liderança da Igreja que não conseguiram proteger as crianças».

Desde a publicação dos nomes dos sacerdotes envolvidos em escândalos de abuso sexual de crianças, pelo Tribunal da Pensilvânia, em Agosto de 2018, que quase 50 dioceses, nos Estados Unidos, tornaram públicas listas com mais de 1200 padres envolvidos neste crime.

O júri da Pensilvânia criticou o facto de que todos os casos identificados terem sido deixados de lado pelos líderes da Igreja. «Os líderes preferiram proteger os agressores e a instituição, acima de tudo.»

Casos demasiado antigos para serem julgados

A maioria dos casos divulgados não foram a  julgamento, por serem demasiado antigos. A maioria remontava aos anos 90.

A Conferência Episcopal dos Estados Unidos revelou um plano abrangente para enfrentar a «catástrofe moral» que a igreja norte-americana tem vindo a ser alvo.

O Vaticano manifestou-se sobre o relatório da Pensilvânia e considera «criminosos» os atos cometidos por padres sobre crianças e que «deveria haver assunção de responsabilidades», para com os abusadores e os que «permitiram que estes ocorressem».

Depois do escândalo, várias congregações católicas nos estados de Arkansas, Oklahoma, Louisiana e Nova Iorque deram a conhecer as identidades dos padres envolvidos no abuso de menores e condenaram os factos.

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