Pai da recém-nascida morta à facada: «Ela não saberia de quem era a criança»
Diogo, o pai da recém-nascida morta à facada pelas irmãs Cupertino, foi convidado do programa Júlia onde falou sobre o crime.
Diogo, o pai da recém-nascida morta à facada pelas irmãs Cupertino, foi convidado do programa Júlia onde falou sobre o crime e mais alguns detalhes. Durante a conversa com Júlia Pinheiro, o jovem assume que Rafaela nunca lhe disse que estava grávida de gémeos e assume que a jovem consumiu drogas durante a gestação:
«O facto dela esconder a gravidez e de tentar terminar a gravidez por outros meios, consumo de drogas, e outras situações… na realidade já podia ter acontecido da primeira vez porque ela nunca me falou da primeira», disse.
«Era uma mulher autoritária. Costumavam dizer que a nossa relação era um jogo de poder. Ela porque tentava muitas vezes mandar em mim, comandar a nossa vida e a minha principalmente porque não queria permitir que isso acontecesse, mas ainda hoje não consigo imaginar ela a fazer o que fez [crime]», refere Diogo.
«Durante muito tempo não acreditei que tivesse sido ela a fazer o que fez. Acreditava até que fosse a irmã. Arranjei mil e uma desculpas para não acreditar», assumiu o jovem.
«Começou a haver traições»
Diogo assume uma relação «pautada por muitas discussões, onde se passava das palavras aos atos».
Questionado por Júlia Pinheiro sobre as possíveis motivações para o crime, o jovem acredita que Rafaela não planeou tudo ao detalhe. «Não acho que ela tenha planeado detalhadamente o que aconteceu. Acho que o plano dela era realmente desfazer-se da criança de alguma forma. O que eu não percebo é o que aconteceu mesmo… A motivação eu até tenho uma opinião formada», começa por dizer.
«No decorrer desta relação começou a haver traições da minha parte e eu não posso dizer concretamente se houve da parte dela ou não, porque não sei», assume. Questionado sobre o crime ter sido uma possível punição, Diogo responde:
«Ou foi nesse sentido, ou poderá ter sido uma eventual traição da parte dela. Tendo em conta as datas ate coincide com algumas desconfianças que eu me lembro que tive nessa altura e acho que, eventualmente, ela não saberia de quem era essa criança. Não teria a certeza se seria minha ou da outra pessoa em questão», diz.
Durante a conversa, Diogo recordou ainda os momentos que sucederam o crime, no dia 9 de abril, em que ambos saem de Correios para trabalhar e só se voltam a encontrar à noite quando a irmã gémea de Rafaela, Inês, liga a Diogo a dizer: «A tua mulher acabou de parir, a criança morreu».
Recorde-se que as gémeas Rafaela e Inês Cupertino foram condenadas esta terça-feira, dia 26 de março, no Tribunal de Almada. Rafaela, a mãe da vítima, foi sentenciada a 18 anos e três meses de prisão. E Inês, tia da recém-nascida, a 15 anos e três meses. Foram condenadas por terem matado à facada a recém-nascida com minutos de vida, em Corroios, a 9 de abril do ano passado.
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