Pai desesperado procura filho de dois anos raptado pela ex-companheira

Noah, de dois anos e meio, foi levado pela mãe para Espanha, alegadamente de férias. Mas desde setembro de 2022 que Igor Brito não sabe nada do filho. O caso está entregue à justiça e o empresário faz apelo desesperado.

Pai desesperado procura filho de dois anos raptado pela ex-companheira

Igor Brito procura, desesperado, o filho de dois anos e meio, raptado pela ex-companheira. Desde setembro de 2022 que o empresário não vê nem sabe nada sobre Noah. O caso está entregue à justiça,  que acusa de impassividade. Por isso, Igor tem feito apelos desesperados, na tentativa de encontrar a criança, levada pela mãe, inicialmente, para Espanha, com o pretexto de férias.

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Quando foi informado que Catarina (nome da ex-companheira) estava grávida, a relação de ambos já tinha chegado ao fim. No entanto, assumiu, de imediato, o papel e fez questão de acompanhar de perto a gravidez, sempre que lhe foi permitido. “Apesar de estarmos separados, achei que íamos conseguir, que era possível construir uma relação saudável, como tenho com a mãe das minhas duas filhas (…) Estive sempre presente, enquanto ela me deixou (…) Às vezes, chegava às ecografias e ela tinha-as alterado para o dia anterior, sem me avisar, de forma a que eu não pudesse assistir”, conta a Duarte Síopa e Ágata Rodrigues no programa Manhã CM.

Igor também não conseguiu assistir ao nascimento de Noah, em junho de 2020, por que Catarina não permitiu. “Quando ele nasceu, eu estava sentado na rua, à porta da maternidade, porque ela não me permitiu assistir ao parto, preferiu uma amiga. E como estávamos na pandemia da covid-19, só pude ver o meu filho seis dias depois. Mas continuávamos a falar. Ela ligava-me, pedia-me para lhe levar almofadas ao hospital, alguma comida… Continuei presente a ajudar”, diz.

Mãe já não estará em Espanha

Apesar da relação conturbada com a ex-companheira, o empresário ofereceu-se para ser um pai presente e cuidador e estar em casa com ambos. “Quando ela foi para casa com o Noah, insisti muito para ir ter com ela e ajudar, por que queria mesmo ajudar e sabia da importância e dificuldade destes primeiros dias, porque já tinha sido pai. Estive lá em casa, no quarto de hospedes, durante um mês e meio e fazia tudo”, revela.

Mas entretanto, as coisas mudaram, quando chegaram as férias escolares e Igor teve de ficar com as filhas 15 dias em sua casa. “Disse-lhe: ‘Catarina, tenho de ir ver como está a minha casa por causa das minhas filhas.’ E foi aí que se deu a mudança de comportamento. Deixou de me abrir a porta. Cheguei a estar horas à espera, à porta, porque queria ver o meu filho”, conta.

O empresário alega que a ex-companheira “queria ficar a 100 por cento” com o filho. Mas quando foi impedido de ver o filho, Igor recorreu ao tribunal. “Ela só queria que eu visse o meu filho duas horas durante a semana e quatro horas ao sábado, até aos seis anos de Noah (…) Após dezenas de requerimentos, o tribunal permite que o meu filho passe a pernoitar comigo. E aí a Catarina percebeu que ia perder a posse total do Noah e, acredito, que foi isso que a levou a fugir, a raptar o nosso filho”, revela.

No entanto, pelo panorama que o mundo atravessava por causa da covid-19, Catarina foi sempre negando o direito de Igor estar com o filho, com justificações de doença ou isolamento. Até que o empresário percebeu que a ex-companheira havia fugido com a criança. “Primeiro, disse-me que estava de férias, depois que tinha a marquise em obras. Pensava que ela estava no Algarve, não fazia ideia de que já estava em Espanha (…) Fui à polícia dizer que o meu filho tinha sido raptado. A juíza lança alerta e começam a procura do Noah em Espanha, por informação do irmão que disse que a levou ao autocarro, porque ia de férias para Espanha”, conta.

Igor Brito só quer saber se o filho está bem

Há sete meses que Igor Brito não sabe nada sobre o filho. E acredita que a fuga foi planeada há muito tempo. “Sei que a Catarina fez o passaporte do Noah em maio de 2021. Isto foi tudo programado”, diz. O empresário desespera por informações que não chegam.  “Sabemos que já saiu de Espanha, mas não sabemos para onde. Toda a gente diz que não sabe de nada. Não sabem mesmo ou há um grande complô. As irmãs dizem que não sabem. Os amigos dizem que não sabem. O irmão que a levou até ao autocarro…. tenho a certeza que ele e alguns amigos a ajudaram”, acusa.

“Não sei se a Catarina achava que eu ia desistir, mas não se desiste de um filho (…) Neste momento, só quero saber se o meu filho está bem (…) O Noah não merece não ter pai, não ter imãs, avós, tios, tias…”, desabafa. “A justiça não me tem apoiado. dizem que estão a investigar, mas não tenho qualquer informação. Acho que está tudo na gaveta”, lamenta.

Sobre as razões que levaram ao comportamento da ex-companheira, o empresário diz que tem sido “bombardeado” com a pergunta: “Mas o que é que tu fizeste?”. ” E eu não sei o que responder. Chateei-me com ela por me impedir de ver o Noah, mas nunca a tratei mal, nunca fui agressivo”, afirma.

 

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Texto: Inês Neves; Foto: DR

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