Micaela foi a paixão secreta de João Carreira durante quatro anos. Foi com ela que começou a ver assassinatos em massa e foi por ela que escolheu estudar em Lisboa, escondendo tudo dos pais. O primeiro plano de atentado estava marcado para a sinagoga de Lisboa, em novembro. À revista Sábado, Cristina Real fez o retrato do filho, preso preventivamente por suspeitas de terrorismo. “Menininho inocente, sem maldade nenhuma. Magoar os outros, não. Magoar-se a ele próprio, talvez”.

«Nem habilidade tem para cortar um kiwi»

A mãe culpa uma jovem de Lisboa, namorada “virtual” do filho e, alegadamente, viciada em vídeos de assassinatos em série, de o ter mandado fazer tudo, até “matar”. Os pais não acreditam na hipótese de o filho, que continua no hospital-prisão de Caxias, ter planeado um atentado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. “Não consigo sequer acreditar nessa possibilidade. O meu João é tão meigo e carinhoso. Nem habilidade tem para cortar um kiwi. Corta-o a meio e depois come-o à colher. E até sou eu que lhe faço a barba”, contou a mãe à mesma revista.

João Carreira foi detido pela Polícia Judiciária, em 10 de fevereiro, um dia antes do atentado que teria planeado. Segundo os pais, terá sido Micaela, de 21 anos, que com ele manteve uma relação “virtual”, a instigadora do plano. Já tinha sido ela a convencê-lo a ir estudar para Lisboa, garantem. “Ele veio porque lhe pedi e depois abandonei-o”, admitiu a jovem à Sábado, sublinhando que desde então cortou contacto com João Carreira. “Ele também não disse mais nada e por isso pensei que estivesse bem”.

Fotos: Reprodução Facebook João Real

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