Papa recusa renúncia de cardeal acusado de encobrir abuso sexual de menores
O papa rejeitou a renúncia do cardeal francês Philippe Barbarin, condenado em França por encobrir o abuso sexual de menores por um padre da sua diocese de Lyon.
O papa rejeitou a renúncia do cardeal francês Philippe Barbarin, condenado em França por encobrir o abuso sexual de menores por um padre da sua diocese de Lyon. «Na segunda-feira de manhã entreguei a minha renúncia ao Santo Padre, invocando a presunção de inocência, ele não quis aceitá-la», disse Barbarin em comunicado divulgado pela diocese.
Barbarin, 68 anos e 17 anos à frente da Arquidiocese de Lyon, foi condenado em 07 de março por encobrir o padre Bernard Preynat. O caso tornou-se público em 23 de outubro de 2015, dia em que a diocese de Lyon revelou que tinha recebido queixas contra o padre Bernard Preynat por “agressão sexual a menores” cometida 25 anos antes. No dia em que recebeu a sentença, da qual já disse que iria recorrer, o cardeal Barbarin anunciou que iria ao Vaticano para apresentar a sua renúncia ao papa Francisco.
Papa encontrou-se com cardeal
O encontro com o papa realizou-se na segunda-feira e hoje o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, disse que Francisco pediu a Barbarin durante a sua audiência que fizesse o que achava melhor para a arquidiocese de Lyon.
Barbarin, que foi condenado a uma pena suspensa de seis meses, anunciou que vai afastar-se temporariamente como chefe daquela diocese sendo substituído por pelo vigário geral, Yves Baumgarten.
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