Leia a mensagem natalícia de António Costa aqui.
Texto: Lusa com Sílvia Abreu
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Vários partidos reagiram à mensagem natalícia de António Costa que salienta o compromisso do Governo de reforçar orçamentalmente capacidade de resposta do SNS.
António Costa dedicou esta quinta-feira, 26 de dezembro, a sua mensagem de Natal ao «compromisso» do Governo de reforçar orçamentalmente a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), prometendo atacar a sua «crónica suborçamentação» e eliminar faseadamente taxas moderadoras.
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CHEGA, Iniciativa Liberal, PSD, PAN e PCP já reagiram à mensagem de Natal do primeiro-ministro e o desagrado é transversal.
«A mensagem de natal do senhor primeiro-ministro é uma deceção e revela, acima de tudo, que nem sequer conhece bem o país que governa», afirma André Ventura numa nota enviada à agência Lusa. Apontando que acompanhou com «especial interesse» a mensagem de António Costa, que não foi gravada na residência oficial de São Bento, mas antes na Unidade de Saúde Familiar (USF) do Areeiro, em Lisboa, o deputado advogou que, «visto ter sido feita, pela primeira vez, fora da residência oficial, esperava-se uma declaração transversal, multissetorial e de ambição para o futuro».
Já o deputado do PSD Ricardo Baptista Leite acusou o primeiro-ministro, António Costa, de transformar a sua mensagem de Natal num «ato de propaganda» para tentar «passar uma esponja» sobre os problemas no setor da saúde.
Ricardo Baptista Leite considerou que António Costa «escolheu a noite de Natal para dar aos portugueses nada mais que palavras e promessas», vindas «de um primeiro-ministro e de um Governo que, infelizmente, nunca os cumpriram, particularmente no SNS». «Nesta assunção de mea culpa que foi esta mensagem natalícia, feita num centro de saúde vazio, sem doentes, num ato de propaganda, procurou minorar aquilo que tem sido a ausência de investimento por parte do Governo nesta matéria fazendo promessas para o futuro, de que para o ano é que vão conseguir resolver», criticou.
Inês de Sousa Real – líder do grupo parlamentar do PAN – aponta, numa nota enviada às redações, que estranhou «o modo e a forma eleitoralistas do discurso», mas considera «positivo ouvir um reconhecimento tácito por parte do primeiro-ministro de que a saúde não teve, nos últimos anos, a importância que devia ter tido, de que a situação do Serviço Nacional de Saúde não era tão boa como se apresentou na campanha eleitoral e de que existem vários problemas que têm urgentemente de ser resolvidos durante esta nova legislatura».
A deputada salientou, porém, «a total ausência no discurso do primeiro-ministro de outras áreas igualmente importantes».
«Desde logo, sublinhamos como negativo o facto de não termos ouvido por parte do primeiro-ministro uma única palavra do seu discurso dedicada ao efeitos das alterações climáticas, sobretudo quando nos últimos dias se fizeram sentir os seus efeitos devastadores em algumas áreas do nosso país e em particular na zona centro», sublinha, acrescentando que «a ocorrência de tais fenómenos sublinha a importância de se assumirem compromissos efetivos na adaptação e aumento da resiliência das populações, compromissos que mitiguem também estes efeitos».
O PAN critica igualmente que Costa «nada disse igualmente quanto à importância da erradicação da pobreza, nomeadamente sobre as soluções que o Governo tem para assegurar com caráter urgente respostas de alojamento para as pessoas em situação de sem abrigo».
João Cotrim Figueiredo acusa António Costa de hipocrisia na mensagem de Natal. Para o líder do partido Iniciativa Liberal, as promessas do chefe do Executivo são igual a muitas outras feitas no passado, «sem resultados palpáveis».
O PCP criticou o primeiro-ministro por ter omitido problemas estruturais do país na sua mensagem de Natal e considerou que as medidas para a saúde anunciadas estão limitadas pela «obsessão» do défice, ficando longe das necessidades. Esta posição foi transmitida por Jorge Pires, membro da Comissão Política do PCP.
«As políticas do Governo estão muito dependentes das suas opções políticas, nomeadamente em relação à obsessão pelo défice zero ou mesmo pelo excedente orçamental. Essas opções políticas acabam por limitar a resposta do Governo aos problemas que se colocam ao país» em matéria de serviços públicos, sustentou.
Jorge Pires afirmou depois que o primeiro-ministro, na sua mensagem, «não disse nada sobre a inaceitável proposta de aumento de 0,3% para os trabalhadores da administração pública ou sobre o aumento das pensões e reformas, nem disse nada sobre os direitos dos trabalhadores».
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