Patrícia Ribeiro, mãe que envenenou filho encontrada morta na cadeia de Tires
Patrícia Ribeiro, que cumpria uma pena de 13 anos por ter tentado matar o filho, foi encontrada morta numa cela da cadeia de Tires.
Patrícia Ribeiro, que saltou do anonimato depois de ter sido conhecido que tinha tentado envenenar o filho, de sete anos, com clorofórmio, foi encontrada morta numa cela na cadeia de Tiras, onde cumpria uma pena de 13 anos. A notícia é avançada pelo Correio da Manhã que dá conta que a morte terá acontecido às 11h15 do primeiro dia de 2023.
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Escreve o jornal que, de acordo com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, o corpo da bombeira de 31 anos foi encontrado “pelos elementos da vigilância, tendo sido imediatamente desencadeadas manobras de reanimação pelo pessoal clínico presente no estabelecimento. E também pelo INEM que foi igualmente ativado e cuja médica veio a confirmar o óbito”.
Envenenou o filho 7 vezes e em tribunal chorou: “Tenho nojo de mim, sou um monstro”
Patrícia Ribeiro, que envenenou o filho de 7 anos pelo menos sete vezes para matá-lo, chorou em tribunal. Afirmou não recordar-se do que tinha feito, mas que está certa de que o fez. “Tenho muito nojo de mim própria”, declarou enquanto chorava sentada no banco dos réus. “Só no dia seguinte a ser presa é que percebi que era um monstro. É como me sinto, um monstro.”
Envenenou filho para chamar a atenção da família sobre ela
Bombeira e administrativa num ginásio nas Caldas da Rainha, Patrícia alegou não ter memória, entre outros episódios, de, em abril de 2019, ter tentado afogar o filho. “Sei que o menino contou o que lhe fiz e que não está a mentir. Não me recordo do que aconteceu, mas o meu coração de mãe diz-me que lhe fiz mal. O que sei agora foi depois de ter feito terapia. Foi nessa altura que me explicaram o que tinha acontecido. E porque fiz o que fiz.”
“Queria que continuassem a preocupar-se comigo”
Patrícia tem apenas uma explicação para justificar por que envenenou o filho, a falta de autoestima. “Nunca me deram valor. Emigrei para dar uma boa educação ao meu filho. Fiz sempre tudo por ele, e só servia para ajudar os outros. Só quando ele foi internado é que vi os que me eram mais próximos preocuparem-se comigo. Diziam que eu era uma mãe extremosa. E foi isso que me levou a envenená-lo. Queria que a forma como me tratavam não mudasse. Que continuassem a preocupar-se comigo.”
Texto: Bruno Seruca
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