Perdeu mais de 100 quilos mas arruinou a vida íntima

Viveu o pesadelo da obesidade até perder mais de 100 quilos. Porém, afirma que a perda de peso acabou por arruinar-lhe a vida íntima.

Uma norte-americana de 36 anos vítima de constantes abusos psicológicos relevou que jamais pensaria que, ao resolver o problema de excesso de peso, acabaria por perder toda a vida íntima com o companheiro. “Chamavam-me de ‘pneu suplente’ e atiravam-me flechas de caça enquanto gritavam ‘corre, gorda, corre’, numa alusão ao filme Forrest Gump”, conta.

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“Chamavam-me ‘peso pesado‘ e era constantemente intimidada apenas por existir”, recorda. Sentia-se tão “isolada e odiada” que deixou de sair de casa e refugiou-se na comida para ajudar a preencher o “vazio da solidão”. Dependeu da comida para se confortar até à morte da mãe, em 2018, o que a a levou a pesar 178 quilos.

Comia “quantidades doentias” de fast food e chegava a beber “12 latas de refrigerante” por dia, elevando os gastos anuais com este tipo e quantidade de alimentos aos 10 mil euros. O ponto de viragem deu-se em 2019, quando visitou um parque de diversões e era “demasiado grande para caber num assento para pessoas obesas”. “Levantei-me e saí a correr, enquanto toda a gente ria”, recorda.

Cerca de 30 quilos de pele em excesso e perda da vida íntima

Há três anos, submeteu-se a uma cirurgia e colocou banda gástrica. Adotou um estilo de vida mais saudável, passando a alimentar-se de forma equilibrada e controlada. Com o tempo, desceu “em 9 números” o tamanho das suas roupas e perdeu 108 quilos. Apesar do peso perdido, no entanto, não está hoje propriamente entusiasmada com os resultados. “Passei de um tipo de monstro para outro”, lamenta. O excesso de pele deixa-a muitas vezes arrependida. “Continuo envergonhada com o meu corpo. Sinto que estou a ser punida por todo o sacrifício que fiz ao longo dos últimos três anos.”

A pele excessiva e flácida “pesa cerca de 30 quilos e afeta todas as partes da minha vida”, diz. Incluindo a minha vida sexual com o meu companheiro. “Isto afetou realmente a minha intimidade e vida romântica com o meu namorado. Não importa que movimento faça, tenho sempre algo pendurado. “Não consigo partilhar com ele a minha intimidade porque eu própria fico horrorizada pelo meu próprio corpo. O meu corpo faz todo o tipo de sons estranhos, está terrivelmente flácido. Pareço uma pessoa derretida.”

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O excesso de pele também lhe causa erupções cutâneas, escoriações e infeções. “Quando estou no banho ou em qualquer tipo de água, a minha pele balança e flutua e fica com aparência estranha. Assemelha-se a uma alforreca.” Para reunir dinheiro, criou uma conta no OnlyFans, plano que abortou, por não ter resultado. Abriu entretanto um apelo na plataforma GoFundMe, onde pede dinheiro para uma cirurgia de remoção de pele.

“As pessoas podem achar que é uma questão de vaidade, mas é muito mais do que isso. Só quero saber como é ser confiante em mim mesma, pelo menos uma vez na vida, que é com o que mais sonho. Depois de fazer minha cirurgia, quero parecer normal pela primeira vez”, sonha.

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