Descarga elétrica na origem da morte do piloto em Valongo
O piloto terá conseguido «transpor uma primeira linha de muito alta tensão (400 kv), devidamente sinalizada e composta por 14 condutores, mas o balde suspenso da aeronave colidiu nos cabos da segunda linha».
O piloto que perdeu a vida no passado dia 5 durante o combate a um fogo em Valongo morreu devido à colisão do balde com água do helicóptero contra uma linha de eletricidade que não precisava de estar sinalizada. A causa da morte é revelada num relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), divulgado esta quinta-feira, 12 de setembro.
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Piloto terá conseguido transpor uma primeira linha de alta tensão, mas o balde com água colidiu com uma segunda
Segundo o relatório, o piloto terá conseguido «transpor uma primeira linha de muito alta tensão (400 kv), devidamente sinalizada e composta por 14 condutores, mas o balde suspenso da aeronave colidiu nos cabos da segunda linha (tensão 220kv), esta posicionada a uma cota inferior e a cerca de 45 metros de distância horizontal da primeira, motivo pela qual dispensa sinalização».
«No momento em que o balde suspenso por um sistema de cabos de aço está em contacto com o condutor mais afastado da linha, o rotor de cauda atinge o cabo de guarda que, por possuir potencial zero, resulta numa descarga elétrica utilizando o helicóptero e seus acessórios como condutor entre os dois cabos», descreve o relatório. O impacto «produziu um arco elétrico intenso, coerente com relatos de testemunhas».
Noel Ferreira, de 35 anos, era capitão da Força Aérea e prestava serviço na esquadra 751, de helicópteros de busca e salvamento EH101, sediada na Base Aérea do Montijo.
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