Portugal atravessa ano mais quente e seco de sempre

Mercúrio dos termómetros indica máximos nunca atingidos em Portugal. Julho foi o mês mais quente dos últimos 90 anos e seca é cada vez mais grave.

Portugal atravessa ano mais quente e seco de sempre

Portugal vive o ano mais quente de sempre. Desde que há registos, há 90 anos, que o País atravessava um período de janeiro a julho com temperaturas tão altas e tão seco. De acordo com vários especialistas da área, as alterações climáticas são as responsáveis por tanto calor. «Ou bem que a Humanidade toma juízo ou vamos ter situações mais complicadas», adverte Filipe Duarte Santos, citado este sábado pelo JN.

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Julho foi o mês mais quente de sempre em Portugal

Período de janeiro a julho de 2020 foi o mais quente dos últimos 90 anos»
«Período de janeiro a julho de 2020 foi o mais quente dos últimos 90 anos», IPMA

O boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os primeiros sete meses do ano foram particularmente mais quentes. A temperaturas foi 1,51º superior à média, com particular incidência em julho. O último mês foi 2,91º superior à norma, tendo atingido a média de 25,08º. Julho foi o mês mais quente desde 1931 – desde que os dados passaram a ser recolhidos pelos meteorologistas. «O período de janeiro a julho de 2020 foi o mais quente dos últimos 90 anos», indica o boletim do IPMA.

Reservas de água em níveis críticos

Com temperaturas recorde e precipitação abaixo do normal, no final de julho todas as bacias hidrográficas estavam abaixo da capacidade de armazenado face a junho. O boletim do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, 18 albufeiras estavam com «disponibilidades hídricas superiores a 80%», mas 14 estavam «abaixo de 40%».

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Sotavento algarvio é o mais preocupante

albufeiras de Odeleite e de Beliche estão a «32,1% e a 39,1% da capacidade»
Albufeiras de Odeleite e de Beliche estão a «32,1% e a 39,1% da capacidade»

A situação mais preocupante é no Sotavento algarvio. As albufeiras de Odeleite e de Beliche estão a «32,1% e a 39,1% da capacidade». O rio Sado mantém-se «deficitário», com registo de «41,4% da capacidade», longe, apesar de tudo, dos «23% verificados no final de 2017», mas aqui devido às transferências da barragem do Alqueva. Os armazenamentos de Guadiana, Ribeiras do Oeste, Sado, Mira e Ribeiras do Algarve «estão abaixo da média».

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