Portugal entre os países com maior taxa de depressão crónica

Apesar de ter uma das taxas mais elevadas de depressão crónica da Europa, Portugal está entre os países com menor número de psiquiatras por mil habitantes.

Portugal entre os países com maior taxa de depressão crónica

Portugal é um dos países da Europa com maior prevalência de depressão crónica. No mapa, pode observar-se também que o número de pacientes  relaciona-se quase diretamente com o número de psiquiatras por 100 mil habitantes. A depressão e a saúde mental, em geral, costumam ser um problema médico que não recebe a atenção necessária na maioria dos países.

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Islândia, Portugal, Suécia, Dinamarca, Croácia, Alemanha e Luxemburgo têm a taxa mais alta de depressão crónica relatada na Europa (todos acima de 10%). Alemanha, Luxemburgo, Suécia e Islândia parecem levar o problema mais a sério. Para Portugal e Croácia, o número de psiquiatras é um pouco menor do que nos outros países com alta taxa de depressão crónica.

Suíça e Liechtenstein têm, de longe, o maior número de psiquiatras por 100 mil habitantes na Europa. Não há, todavia, dados sobre a prevalência de depressão crónica nestes dois países. Outra nação com número muito elevado de psiquiatras é a Grécia, que, curiosamente, tem uma das taxas mais baixas de depressão crónica na Europa (3,8%).

Roménia e Bulgária registam menores taxas de depressão crónica

psiquiatras e depressão crónica na europa
Aparentemente, muito menos pessoas na Roménia e na Bulgária sofrem de depressão crónica, mas também pode ser que os cuidados de saúde mental nestes países sejam tão bons quanto noutros países europeus

Roménia e a Bulgária têm, de longe, as taxas mais baixas de depressão crónica na Europa, mas também um dos menores números de psiquiatras. Aparentemente, pode ser verdade que muito menos pessoas na Roménia e na Bulgária sofram de depressão crónica, mas também pode ser que os cuidados de saúde mental nestes países não sejam tão bons quanto noutros países europeus. E, portanto, pode haver a possibilidade de haver mais pessoas com depressão do que o diagnóstico real.

Isto será igualmente valido para outros países europeus, uma vez que haverá sempre uma diferença entre a prevalência relatada e a prevalência. A diferença varia muito de país para país. Os profissionais de saúde mental são obviamente melhores a diagnosticar se alguém sofre de depressão. O que pode significar que um número maior de psiquiatras resultaria num número mais preciso da prevalência de depressão crónica naquele país. O que cria uma situação de galinha e ovo. Não há muitos psiquiatras porque a taxa de depressão crónica é baixa ou a taxa de depressão crónica é baixa porque não há psiquiatras suficientes para produzir diagnósticos médicos adequados?

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