Proença de Carvalho investigado por suspeitas de fraude fiscal

Daniel Proença de Carvalho, um dos advogados mais mediáticos de sempre, está a ser investigado por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Em causa está um valor que supera os 11 milhões de euros.

Proença de Carvalho investigado por suspeitas de fraude fiscal

Daniel Proença de Carvalho, uma das figuras mais influentes e poderosas do País e um dos advogados mais mediáticos de sempre, está a ser investigado por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Em causa está um valor suspeito de 11,3 milhões de euros que terá estado na origem do alerta dado pelas autoridades do Luxemburgo.

Em causa estará uma aplicação financeira, do tipo seguro de investimento, feita no Luxemburgo, que terá envolvido a subscrição de um capital no montante de mais de 11 milhões de euros. Esse valor terá sido pago através de uma transferência de fundos com origem numa conta na Suíça titulada por Daniel Proença de Carvalho. De acordo com o CM, não terão sido declaradas ao Fisco em Portugal quantias compatíveis com os montantes aplicados naqueles país em 2016.

Além disso, existem ainda contradições entre o património revelado e o fiscalmente declarado por Proença de Carvalho. Há cerca de um ano, terá havido uma alteração dos beneficiários da referida aplicação, que passaram a ser os filhos do advogado, nomeadamente Francisco Proença de Carvalho, um dos advogados do ex-presidente do BES, Ricardo Salgado. Outra das beneficiárias é Maria da Graça, também filha de Proença de Carvalho, e ainda os filhos António e João Proença de Carvalho.

Já foi pedida quebra do sigilo bancário e fiscal

Tal como escreve o mesmo jornal, em meados do ano passado, a mesma aplicação teria um valor superior a 10 milhões de euros, desconhecendo-se no entanto se terá havido resgates parciais ou não. Na sequência desta investigação iniciada pelas autoridades luxemburguesas, já terá sido pedida a quebra do sigilo bancário e fiscal de Daniel Proença de Carvalho. Foi ainda pedida cooperação judiciária de forma a que se consiga reconstituir a origem dos fundos suspeitos.

A investigação ao mediático advogado envolve autoridades de três países: Portugal, Suíça e Luxemburgo. A suspeito sobre o património existente no estrangeiro de Proença de Carvalho terá sido suscitada por informação trocada entre unidades de informação financeira, a quem compete, entre outras coisas, a recolhe de informação sobre crimes de branqueamento de capitais e crimes tributários, assegurando no plano internacional a cooperação com as unidades de informação financeira ou estruturas congéneres.

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