Guilherme W. d’Oliveira Martins, um dos professores da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, alvo de denúncias de alunas, por lhes enviar mensagens de madrugada através do Facebook, chegou a questionar estudantes sobre se moravam sozinhas e onde viviam, revela o processo disciplinar. De acordo com o Correio da Manhã, o ex-secretário de Estado diz que usa a rede social há vários anos para comunicar com os alunos, mas não soube explicar por que fez estas perguntas pessoais, limitando-se a dizer que “tal é descontextualizado”.

Sobre os horários tardios – algumas das mensagens foram enviadas de madrugada –, justificou que “está acessível a qualquer hora do dia e que não há nada de negativo”. Era sempre o docente quem solicitava amizade às alunas e iniciava as conversas. Não obstante, considera que foram “mensagens reativas, que não enviou por iniciativa própria”, mas sim por “agradecimento à aceitação do pedido de amizade”. “Tudo bem?”; “Que tem feito?”, “Mora sozinha?”, foram algumas das mensagens enviadas às alunas, entre 2019 e 2020. As jovens disseram sentir-se “humilhadas” e com “desconforto em se cruzar com o professor nos corredores”.

Processo disciplinar foi arquivado

A diretora da Faculdade de Direito, Paula Vaz Freire, confirmou a existência de “denúncias de várias alunas” e que foi instaurado um processo disciplinar ao docente. “Houve uma pronúncia do próprio professor Guilherme d”Oliveira Martins, no sentido de reconhecer e emitir um pedido de desculpas relativamente à conduta.” O processo disciplinar por violação do dever de zelo foi arquivado no ano passado e não resultou em nenhuma punição.

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São mais de trinta os professores Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa acusados de assédio e discriminação. Um deles terá prometido boas notas em troca de sexo. (… continue a ler aqui)

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