Professor de dança acusado de abusar sexualmente de aluna de 15 anos

Arguido está acusado pela prática de 20 crimes de abuso sexual de menores dependentes ou em situação particularmente vulnerável.

Professor de dança acusado de abusar sexualmente de aluna de 15 anos

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra um professor de dança que dava aulas no Porto suspeito de ter abusado sexualmente de uma aluna de 15 anos, informou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral da Região do Porto (PGR-P). Numa nota publicada na sua página na Internet, a PGR-P refere que o arguido está acusado pela prática de 20 crimes de abuso sexual de menores dependentes ou em situação particularmente vulnerável.

Segundo a acusação, o arguido deu aulas de dança à vítima ao longo de cinco anos, em duas escolas da cidade do Porto e numa terceira por si aberta, com uma regularidade de quatro vezes por semana, travando com esta uma relação de amizade e de confiança, ao ponto da vítima frequentar a sua residência, em Gaia.

No início de 2020, com o confinamento provocado pela pandemia, o arguido e a vítima mantiveram contactos pelas redes sociais, altura em que o arguido decidiu abusar sexualmente da menor, então com 15 anos, convencendo-a, através das mensagens que lhe remetia, a assumirem “uma relação de homem-mulher, e não de professor-aluna, fazendo-a crer que seriam namorados”.

Abusos aconteceram entre julho e dezembro de 2020

“Com a reabertura das aulas, entre julho de 2020 e dezembro de 2020, pelo menos por 20 vezes, na residência do arguido, nas instalações da escola de dança que geria e em motéis, para onde o arguido transportava a vítima, o arguido convenceu a vítima e manteve com esta relações de coito vaginal, anal e sexo oral. Atuou sempre com a vontade renovada de satisfazer os seus desejos sexuais e em contextos situacionais por ele procurados”, refere a PGR-P.

Para ocultar os abusos, o arguido terá dito à vítima para não contar a quem quer que fosse das relações sexuais entre ambos, porque, devido à idade dela, eram ilegais, e ele podia vir a ter problemas com a justiça, conseguindo, dessa forma, o silêncio da vítima durante os vários meses. De acordo com a investigação, os abusos só cessaram por força da intervenção de terceiros que, ao se aperceberem da existência de mensagens de conteúdo sexual, conseguiram pôr cobro à situação.

O MP requereu a aplicação das penas acessórias de proibição do exercício de funções por crimes contra a autodeterminação sexual e a liberdade sexual e de proibição de confiança de menores e inibição de responsabilidades parentais e a inscrição do arguido, no sistema de registo de identificação criminal de condenados por crimes contra a autodeterminação sexual e a liberdade sexual de menor.

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