PSP reforça fiscalização de uso de telemóveis ao volante
Operação «Phone Off» da PSP e «Smartphone, smartdrive» da GNR decorrem até dia 12 de maio.
A PSP e a GNR vão fiscalizar entre esta segunda-feira, 6 de maio, e dia 12 de maio o uso do telemóvel durante a condução para prevenir e dissuadir comportamentos de risco.
Em comunicado, a PSP justifica a operação «Phone Off» com os elevados níveis de sinistralidade rodoviária, salientando que a ação tem por objetivo «prevenir e dissuadir os comportamentos de risco que, de forma decisiva, contribuem para a ocorrência de acidentes rodoviários».
De acordo com dados da PSP, entre 1 de janeiro e 30 de abril foram registados 4.998 acidentes, que provocaram 53 mortos (entre os quais se incluem as 29 vítimas mortais do acidente com um autocarro ocorrido na Madeira a 17 de abril), 231 feridos graves e 5.888 feridos ligeiros.
A PSP lembra que «com exceção dos aparelhos dotados de um único auricular ou de microfone com sistema de alta voz, o Código da Estrada proíbe a utilização e manuseamento de telemóveis durante a condução/marcha dos veículos atendendo a que estudos demonstram os seus efeitos nocivos, comprovando que o uso de ferramentas digitais ao volante aumenta drasticamente o risco de acidentes rodoviários».
Os dados indicam que «manter uma conversa telefónica durante a condução, possui efeitos tão nocivos como conduzir sob influência de álcool». Por isso, a operação «Phone Off» pretende, segundo a PSP, «promover a adoção de comportamentos seguros por parte dos condutores e a segurança rodoviária de todos os utentes da via».
Operação «Smartphone, Smartdrive» da GNR
A GNR também vai reforçar entre hoje e dia 12 de maio a fiscalização ao uso dos telemóveis durante a condução nas vias onde se tem registado um maior índice de sinistralidade, anunciou hoje aquela força. Em comunicado, a GNR adianta que a operação «Smartphone, Smartdrive» visa «contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores».
Entre 1 de janeiro e 30 de abril, a GNR detetou cerca de nove mil condutores a fazer uso indevido do telemóvel a conduzir e em 2018 foram mais de 22 mil os que cometeram aquela infração. A GNR recorda que a «utilização incorreta e o manuseamento de telemóveis, ‘tablets’, ou dispositivos similares, para a realização de chamadas, envio de mensagens escritas ou consulta de redes sociais, durante a condução acarreta riscos associados: distração visual (tira os olhos da estrada), limitação motora (tira as mãos do volante) e condicionamento cognitivo (distração na condução)».
A condução distraída é, segundo a GNR, um fator de risco que tem sido objeto de uma atenção crescente nas políticas de segurança rodoviária. A GNR lembra que a «Comissão Europeia, no Plano de Ação para a próxima década (2020-2030) destacou a condução distraída como um dos principais comportamentos de risco para a segurança rodoviária, bem como a velocidade excessiva, a não utilização do cinto de segurança ou capacete e a condução sob efeito do álcool ou substâncias psicotrópicas».
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