Grande Lisboa é a região do continente em que cidadãos sentem menor qualidade de vida
Pior do que a Área Metropolitana de Lisboa, só o Arquipélago dos Açores, o que coloca a Grande Lisboa como a região do País em que os cidadãos acham ter menor qualidade de vida.
A qualidade de vida pode ser descrita como o bem-estar geral e a satisfação de um indivíduo com os vários aspetos de sua vida. É um conceito complexo e subjetivo, que pode ser medido de várias formas. Tratando-se de um conceito subjetivo, é difícil determinar a qualidade de vida com base em dados concretos. Porém, há formas de consegui-lo.
Das medições baseadas em dados concretos, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é provavelmente a que mais se aproxima. Mas mede o grau de desenvolvimento de uma área, não necessariamente a qualidade de vida. Com base em dados concretos, algumas áreas podem ter uma alta qualidade de vida, mas isso não significa que as pessoas o sintam de facto. A OMS define ainda qualidade de vida como “a perceção de um indivíduo da sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
De acordo com esta definição, a perceção das pessoas deve ser mais valorizada do que dados concretos na medição da qualidade de vida de uma área. Como a qualidade de vida é um conceito subjetivo, a melhor forma de medi-la é, simplesmente, perguntando-lhes. É disso que trata o mapa a seguir.
Qualidade de vida percecionada pelos cidadãos da União Europeia e pelos portugueses
O mapa mostra-nos que, na grande maioria das regiões da União Europeia (UE), as pessoas sentem ter uma boa qualidade de vida. Particularmente no norte e no oeste da Europa, em que mais de 80 – ou mesmo 90 por cento – consideram a qualidade de vida na sua região boa. Finlândia, Suécia, Irlanda, Dinamarca, Luxemburgo e Áustria ficam acima 90% em todas as regiões do país.
A maior percentagem pode ser encontrada na Frísia, Holanda, onde 98,7% das pessoas consideram terem uma qualidade de vida boa ou muito boa. Nas províncias holandesas de Drenthe e Zeeland, o percentual também é superior a 98%. Åland (98,6%) e sul da Finlândia (98,5%) estão logo atrás da Frísia, caso semelhante para a Caríntia, na Áustria (98,6%).
Existem apenas quatro regiões na UE onde uma minoria da população julga a qualidade de vida boa. Em Severozapaden, na Bulgária, apenas 38,1% acham que a qualidade de vida é boa naquela região – de longe, a menor percentagem da Europa. Panonska, na Croácia (43,3%), Észak-Magyarország, na Hungria (44,7%), e South-west Oltenia, na Romênia (47,1%), são as únicas outras regiões onde uma minoria da população considera a qualidade de vida na sua região como sendo boa.
Como foram recolhidos os dados e o que acham os portugueses
Os dados deste mapa foram recolhidos do Eurobarómetro de outono de 2021 sobre a opinião pública nas regiões da UE. As pessoas poderam julgar a qualidade de vida na sua região como “Muito boa”, “Bastante boa”, “Bastante má” ou “Muito má”. O mapa mostra a percentagem de entrevistados que responderam com “Muito boa” ou “Bastante boa”.
No nosso país, a percentagem de cidadãos que acham ter boa qualidade de vida é de 83%. Os habitantes do Norte (85%) são os mais satisfeitos e os açorianos (73%) são os que menos acham ter boa qualidade de vida. Algarve (83%), Centro (81%), Área Metropolitana (78%), Alentejo (83%) e Madeira (79%).
1. Norte (85%)
2. Algarve (83%)
3. Alentejo (83%)
Portugal (83%)
4. Centro (81%)
5. Madeira (79%)
6. AM Lisboa (78%)
7. Açores (73%)
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