Existe um crime que está a dar que falar por diversos detalhes. Quatro estudantes da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos da América, foram brutalmente assassinados na madrugada de 13 de novembro. Só que aquele que poderia ser mais um crime de dimensões horrorosas ganha contornos diferentes. Tudo porque não existem suspeitos, não há arma do crime nem sequer se vislumbra o que poderá ter dado origem ao ataque. Isto apesar de já estar a decorrer uma investigação levada a cabo pelo FBI.

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De acordo com relatos dos órgãos de comunicação social norte-americanos, Ethan Chapin, de 20 anos, Xana Kernodle, de 20 anos, Madison Mogen, de 21 anos e Kaylee Goncalves, igualmente de 21, foram esfaqueados até à morte numa casa do campus universitário. Segundo a autópsia, os quatro amigos morreram entre as 3:00 e as 4:00 de domingo. Cathy Mabbutt, médica legista presente no local do crime, revelou à NBC que em 16 anos de carreira nunca se tinha deparado com uma cena tão violenta. “As feridas eram bastante grandes. Tivemos homicídios no passado, mas nenhum com a dimensão dos assassinatos destes estudantes. Havia bastante sangue no apartamento. É traumático encontrar quatro jovens universitários mortos numa residência”, disse, acrescentado que a arma do crime deverá ter sido uma faca de grandes dimensões.

Jovens divertem-se antes da tragédia

Existem também relatos de que os jovens tinham estado a divertir-se antes da tragédia. Ethan e Xana marcaram presença numa festa no campus. Por sua vez, Madison e Kaylee foram a um bar, tendo sido vistas mais tarde a comprar comida numa roulotte, por volta da 01h00. Algo que foi comprovado com recurso a câmaras de vigilância. Estas imagens foram divulgadas nas redes sociais e imprensa de modo a tentar obter informações adicionais, algo que acabou por não se verificar.

Duas colegas estariam no quarto da hora da morte dos amigos

As famílias das vítimas não estão totalmente convencidas com as informações que têm sido divulgadas. Por exemplo, o crime acontece de madrugada, mas a chamada para o serviço de urgência só ocorre da parte da tarde. Sendo reportado que estavam pessoas inconscientes no apartamento, algo que é salientado pelo relatório das autoridades.

A polícia revelou ainda à CNN que estavam mais duas jovens no apartamento na altura dos crimes. E que não estavam feridas nem tinham sido feitas reféns. Estas, também estudantes, disseram às autoridades que estavam a dormir enquanto os colegas foram esfaqueados até à morte. As autoridades entenderam que estas não eram suspeitas. Além disto, os agentes de polícia destacados para o local não encontraram qualquer sinal de vandalismo na habitação. Nem nada que indicasse que a porta tinha sido forçada. “Há falta de informação da Universidade de Idaho e da polícia local. Até agora só foram espalhados falsos rumores”, diz Jim Chapin, pai de Ethan, através de comunicado. Relatos mais recentes dão conta que Kaylee poderá ter-se apercebido da presença de um stalker nos dias anteriores ao crime. Ainda assim, a polícia diz não ter conseguido comprovar essa informação.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: DR

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