Rede criminosa internacional lava milhões de euros em Portugal
Uma rede internacional criminosa lavou mais de cinco milhões de euros em Portugal ao longo de três anos. O grupo vendia os serviços a outros criminosos, branqueando dinheiro do crime e cobrando entre 40% a 50% de comissões.
Uma rede internacional criminosa lavou mais de cinco milhões de euros em Portugal ao longo de três anos. O grupo vendia os serviços a outros criminosos, branqueando dinheiro do crime e cobrando entre 40% a 50 % de comissões.
O processo de lavagem de dinheiro incluía contas ilegalmente abertas em bancos portugueses, entre 2016 e o início do ano de 2019. Doze elementos do grupo, que se identifica em fóruns da internet pelo nome ‘QQAAZZ’, na maioria oriundos da Letónia, foram acusados pelo Ministério Público.
De acordo com a acusação, o grupo estabeleceu-se no Porto e, mais tarde, passou para Lisboa. Constituíram, recorrendo a documentação falsa, dezenas de empresas – vinhos, café, carne e jardinagem, de fachada porque nunca tiveram atividade – para abrirem contas em bancos nacionais.
Tal como escreve o Correio da Manhã, era nelas que recebiam as transferências bancárias, sempre de valor elevado, realizadas de forma fraudulenta, “através das várias condutas típicas de crime informático“, pelos contratantes da rede, sem conhecimento ou autorização das vítimas: titulares das contas e bancos. Após receberem o dinheiro nas contas, dispersavam-no de imediato através de transferências para outras contas, compras de bens (como 200 mil euros por um sistema de som) e levantamentos em multibanco, “de modo a ocultar a sua origem ilícita e a impedir que o agente do crime seja descoberto“.
O cabecilha é Nika Nazarovi. Foi ele quem chamou os outros para Portugal, pagando as viagens. Aleksejs Trofimovics, Ruslans Nikitenko e Arturs Zaharevics foram ‘homens de mão’. Seis estão em prisão preventiva em Portugal, por associação criminosa, branqueamento e falsificação.
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