Os resultados de dois exames médicos feitos a uma menina, de nove anos, num hospital de Lisboa, revelaram um caso grave de abusos sexuais. A Polícia Judiciária foi informada e, rapidamente, avançou para a detenção de um homem de 56 anos.

O agressor sujeitou a criança a meses de terror. Face aos indícios recolhidos pelos inspetores, um juiz colocou-o já em prisão preventiva. A investigação começou na semana passada após a menor queixar-se de dores nos órgãos genitais.

A avó levou-a a um hospital onde, através de dois exames clínicos, foi detetada uma bactéria associada a casos de abusos sexuais. A menina foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde realizou exames ginecológicos que visavam a comprovação desses crimes.

Familiares confrontaram predador sexual

O IML deu o alerta à PJ no último fim de semana. Em pouco tempo os inspetores da secção de crimes sexuais recolheram o depoimento da menor para memória futura. Também os pais e a avó foram ouvidos.

Só então é que a menina conseguiu revelar que era atacada pelo homem de 56 anos, reformado por incapacidade e inquilino da avó há vários anos. Quando souberam, os familiares confrontaram o suspeito, obrigando à intervenção da PSP.

O predador sexual ficou sob custódia da PJ e foi presente a tribunal esta terça-feira. De acordo com o CM, as provas recolhidas indiciam que o reformado abusou sexualmente da criança durante três meses.

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