Revelada nova fotografia do bebé sem rosto

A família reveza-se nas visitas ao Hospital São Bernardo, em Setúbal, onde o bebé se encontra internado, com prognóstico reservado.

Revelada nova fotografia do bebé sem rosto

Foi revelada, esta sexta-feira, 1 de novembro, uma nova fotografia do bebé sem rosto nas redes sociais. Rodrigo nasceu a 7 de outubro sem olhos, nariz e parte do crânio, no Hospital de São Bernardo, em Setúbal. O caso foi noticiado na imprensa nacional e internacional porque as malformações do menino não foram detetadas pelo médico nas ecografias.

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Os vizinhos da família têm vivido a situação com discrição e não adiantam pormenores. Dizem que sabem apenas o que é transmitido na comunicação social. O Portal de Notícias conseguiu falar com uma fonte próxima da família do bebé sem rosto, que preferiu manter o anonimato. «A última ressonância revelou que ele tem o céu da boca deformado e é surdo. Respira só pela boca, mas já se alimenta através de um biberão», revelou, acrescentando que por agora «o menino encontra-se estável».

No hospital, «não dão previsões de nada». «É um dia de cada vez.» A família reveza-se nas visitas ao Hospital São Bernardo, em Setúbal, onde o bebé se encontra internado, com prognóstico reservado. «Estão todos muito em baixo. É complicado. A mãe está ao lado dele todos os dias.»

Ministério Público abre inquérito a clínica

O Ministério Público abriu um inquérito crime para investigar o caso da clínica Ecosado (Setúbal), que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves e que afinal não tinha convenção com o Estado, informou na quinta-feira, 31 de outubro, a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O bastonário da OM, Miguel Guimarães, que esteve na quarta-feira reunido com responsáveis da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, indicou que há no caso da clínica Ecosado «matéria que é complicada e que merece intervenção do Ministério Público».

Por esclarecer está ainda a questão de como e a quem o SNS pagou por esses exames. Em declarações aos jornalistas na quarta-feira na Ordem dos Médicos, o bastonário reconheceu que a situação «pode configurar um crime». Indicando na altura que desconhece os contornos da situação que envolvem a clínica Ecosado, o bastonário colocou a possibilidade de haver uma «clínica maior que esteja a fazer subcontratação com outras clínicas mais pequenas». «Se estiver a ser feito, isso é ilegal», advertiu.

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