A vítima chama-se Deyse Ricarte, tinha 28 anos, e terá transportado a droga no estômago desde Belo Horizonte, em Minas Gerais, no Brasil, para Portugal. Fez a viagem no domingo e morreu já na segunda-feira, dia 9, num hotel de Lisboa.

A causa da morte é um overdose de cocaína uma vez que uma das cápsulas que transportava no estômago rebentou, Deyse recebeu pelo transporte um valor de 2 mil reais, ou seja, 2656 euros.

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A mulher de nacionalidade brasileira terá enviado um vídeo a uma amiga, pouco antes de morar, e dava conta de já não se sentir bem.

“Você acha que meu rosto está muito inchado? Ou está normal? Acho que vou morrer, amiga. Ai, Senhor, me ajuda. Amiga, fala com minha mãe que eu amo ela, e meu pai. Não vou aguentar”, ouve-se na gravação.

A mulher deixou um filho de 11 anos mas o principal problema da família neste momento é conseguir trasladar o corpo para o Brasil, Espírito Santo. Sem capacidades financeiras para o fazer, os amigos da falecida estão a organizar rifas para ajudar com os custos. Por questões legais, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) não pode ajudar financeiramente. De acordo com este Ministério, se a família não conseguir trasladar o corpo, a jovem será enterrada em Portugal.

Naiara Alitolip de Araújo, uma amiga de Deyse, é quem quer ajudar a família a recuperar o corpo para o poder sepultar.

«A família dela vai fazer uma procuração para que eu possa representá-los. Eu vou ficar responsável por fazer contacto com as autoridades e ver o que é preciso para trazer o corpo dela. Vou rifar perfume importado, essas coisas. Também vamos aceitar doações», disse.

O transporte tem o custo de 25 mil reais (mais de 5500 euros).

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