Rosa Grilo assume assassinato do marido: “Droguei o Luís e disparei”
De volta ao tribunal, Rosa Grilo muda o discurso e assume a morte do marido, o triatleta Luís Grilo. Revela ainda que a advogada a aconselhou a mentir.
Rosa Grilo voltou hoje a tribunal para testemunhar no processo referente à adulteração de provas na sua casa, local onde foi assassinado o seu marido, Luís Grilo. O testemunho fica marcado pela alteração da versão da mulher do triatleta. Que assume ter assassinado o companheiro. “Droguei o Luís e disparei”, disse.
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Rosa Grilo começa por dizer que mentiu em tribunal a conselho da advogada, Tânia Reis. Diz a mulher, detida desde 2018 e condenada a 25 anos, que sabia manusear armas, mas que foi aconselhada a dizer que não o sabia fazer. Mas o momento de maior relevo foi aquele em que Rosa Grilo assumiu a morte de Luís Grilo. “Droguei o Luís e disparei”, diz. Revela ainda que no momento do crime, o companheiro estava deitado de costas para si e que fez dois disparos, tendo falhado um deles.
“Nas últimas semanas de vida dele [Luís Grilo], ele ameaçava-me”
Rosa Grilo diz ainda que era maltratada pelo marido, Luís Grilo. “Na noite anterior tivemos um desentendimento muito grande. Eu tinha uma caixa de calmantes. E quando lhe servi a refeição meti-lhe pelo menos meia dúzia de comprimidos. Decidi naquela noite que ia fugir no dia seguinte com o miúdo. Ele era um homem de palavra e fazia o que dizia que fazia. Fugir não adiantava. E peguei na arma. O Luís estava deitado”, conta. “Nas últimas semanas de vida dele [Luís Grilo], ele ameaçava-me. Estávamos numa fase de rutura. Tinha medo. Fui buscar a arma [a casa de António Joaquim] não para o matar, mas para o caso de ele me fazer mal. Experimentei a arma na banheira”, conta.
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