Inspetora da PJ sobre Rosa Grilo: «Estava demasiado descontraída para quem tinha perdido o marido»
Além da inspetora da PJ, foram ouvidas ainda outras oito testemunhas. A próxima sessão está marcada para a próxima terça-feira, 22 de outubro.
A inspetora da Polícia Judiciária (PJ) responsável pela investigação da morte de Luís Grilo esteve presente esta terça-feira, 15 de outubro, no Tribunal de Loures para mais uma sessão do julgamento do homicídio do triatleta. A agente refere que Rosa Grilo, após o desaparecimento do marido, apresentava um comportamento «demasiado descontraído para quem tinha um ente querido desaparecido».
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«O comportamento da Rosa Grilo levou a PJ a crer que sabia algo mais»
«O comportamento da Rosa Grilo levou a PJ a crer que sabia algo mais que não queria dizer e por isso é que se apresentava tão calma ao longo da investigação», refere a inspetora, acrescentando que, durante as buscas, em que a viúva acompanhou os agentes, a arguida apresentava-se «tão serena que mais parecia que estava a fazer uma caminhada».
Localização do telemóvel desmente versão de Rosa Grilo
A inspetora revela ainda que «é possível determinar que Rosa Grilo não esteve em Benavila a 16 de julho, dia do desaparecimento do triatleta». De acordo com a versão que a arguida apresentou em tribunal, Luís Grilo terá sido morto à sua frente por dois angolanos e «um indivíduo branco».
Os agressores terão ido a casa do casal à procura de diamantes que o triatleta tinha trazido de Angola há oito anos. Luís Grilo terá recusado dizer onde estavam os diamantes e os dois angolanos terão levado Rosa à casa do seu tio, em Benavila, a cerca de 130 quilómetros dali, para ver se estavam lá, enquanto o marido ficava em casa com o «branco».
Foi depois quando regressaram sem nada que os alegados homicidas começaram a agredir o casal, culminando, segundo Rosa Grilo, com a morte do triatleta. Ora, segundo a inspetora, a localização do telemóvel da arguida «não coincidia com a versão da Rosa Grilo». «Os relatórios mostram que o telemóvel estava na zona da casa e à tarde acionou Alverca.»
Além da inspetora da PJ, foram ouvidas ainda outras oito testemunhas. A próxima sessão está marcada para a próxima terça-feira, 22 de outubro.
Texto: Jéssica dos Santos; WiN
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