Rosa Grilo tem uma nova versão sobre o caso da morte do triatleta. Mulher tinha sido «ameaçada»
A mulher do triatleta assassinado no mês de julho, Rosa Grilo, conta uma nova versão do caso que está a chocar o país. Esta garante que é a versão que já devia ter sido contada.
Rosa Grilo contou mais detalhes sobre o homicídio do triatleta, também seu marido, Luís Grilo. No programa sobre crime da SIC, Linha Aberta, apresentado por Hernâni de Carvalho, a mulher de Vila Franca de Xira faz chegar a história que já queria contar há muito tempo, mas tinha sido «ameaçada», através de uma entrevista dada na prisão a Ana Paula Félix.
«Não podia contar a história verdadeira na altura porque estava a ser ameaçada»
Rosa Grilo começa logo por admitir que Luís Grilo foi morto a 16 de julho, segunda-feira, e não no domingo, dia 15. Aqui chega a nova referência aos indivíduos angolanos que estavam atrás do triatleta, pois Luís tinha estado em Angola há oito anos e tinha trazido aquilo a que chama «diamantes pequeninos».
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Logo de manhã, esses indivíduos angolanos – que eram dois – mais um individuo «branco», ao volante de um automóvel Volvo preto, bateram à porta da casa do casal. Luís Grilo abriu a porta e os três perguntaram pelas «encomendas» cujas o triatleta não encontrava em casa. Rosa pensou logo que seriam os tais «diamantes». Os «diamantes» pelos quais tantas vezes questionou. O triatleta nunca terá respondido a Rosa Grilo sobre este assunto.
Como Luís não dava o que aqueles indivíduos queriam, estes entraram pela casa e tiraram-lhes a chave da casa de Benavila – a cerca de 130 quilómetros de onde viviam. Só o pai, o tio e a agora viúva é que tinham a chave dessa habitação.
O casal ficou logo com as mãos atadas pelos homens e de joelhos na cozinha. Ambos foram agredidos e continuavam a querer saber onde estavam as «encomendas». Rosa diz à SIC que Luís terá dito que as «encomendas» estavam na «caixa da garagem».
Nessa mesma caixa estava a suposta arma do crime, que era da posse de António Félix Joaquim, o amante de Rosa Grilo. Nesta versão da viúva, a relação com «Tó Félix» era apenas uma «amizade colorida», mas que iria continuar com Luís pois sabia que o triatleta também tinha tido casos extraconjugais precisamente em Benavila. Rosa Grilo afirma ter tirado a arma de António Joaquim no dia de 5 de julho (altura em que Luís estava em Frankfurt, na Alemanha, para o concurso Ironman). É neste dia que as desconfianças sobre os negócios de Luís Grilo aumentam, levando-a a querer ter uma maior necessidade de proteção. Estava assustada desde então.
«Não era minha intenção deixar o Luís», garante Rosa Grilo
Com a chave na mão e já com Luís Grilo morto, estes alegados criminosos foram até à casa de Benavila com Rosa Grilo. Antes de partirem, o corpo de Luís foi enrolado em lençóis, edredões e plásticos. Além disso, os homens exigiram a Rosa que tudo fosse limpo antes do filho, Renato, chegar a casa. O menino estava com a tia (a quem ele chama de avó) e iria chegar a casa «por volta das 15h00». Feito isso é que rumaram a Benavila à procura das encomendas, as quais Rosa Grilo não revelou se foram encontradas. Quando o menino chegou a casa, tudo parecia já estar intocável e um dos criminosos estava no andar de cima da habitação do casal enquanto que outros dois foram à casa de Benavila. O filho de Rosa e Luís não soube da presença do homem no andar de cima, diz a jornalista da SIC.
Rosa Grilo foi coagida para não contar esta versão mais cedo por uma das três pessoas que perseguiam Luís. A mulher só depois foi apresentar queixa à polícia apenas devido ao desaparecimento do marido. Rosa Grilo promoveu as buscas policiais pois «não sabia onde estava o corpo» que foi encontrado alguns quilómetros perto dessa casa. Segundo a entrevista, foram esses homens que mandaram a viúva apresentar o caso às autoridades.
Mais tarde, Rosa Grilo foi à casa de Benavila e viu tudo «ainda mais virado do avesso» e julga que isso foi da autoria dos indivíduos angolanos. Já o tio de Rosa Grilo, António Pina, uma das pessoas que tem a chave da casa, ainda não percebe por que é que a Polícia Judiciária foi lá apenas duas vezes.
A bicicleta de três mil euros do triatleta foi «atirada ao rio na ponte de Alverca», diz Rosa Grilo, para garantir a história dos indivíduos. Havia de facto três bicicletas na casa de Benavila, mas uma delas é de criança, garante a SIC.
Ao contrário do que disse numa primeira entrevista, Rosa assumiu que o casal passava dificuldades. «A nossa empresa devia 80 mil euros às finanças», afirmou Rosa Grilo quando confrontada sobre o valor de 100 mil euros do seguro de vida de Luís Grilo, no entanto, diz que nunca foi intenção dela matar o marido.
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