Saiba como prevenir o enfarte agudo do miocárdio

Assinala-se em 14 de fevereiro o Dia Nacional do Doente Coronário. Uma das principais causas de morte no nosso país, todos os anos 12 mil portugueses sofrem um enfarte agudo do miocárdio.

Saiba como prevenir o enfarte agudo do miocárdio

As doenças cardiovasculares (cardio – coração; vasculares – vasos sanguíneos) afetam o sistema circulatório, ou seja coração e vasos sanguíneos – compostos por artérias, veias e vasos capilares. São uma das principais causas de morte e incapacidade no nosso país, sendo que “todos os anos mais de 12 mil portugueses sofrem um enfarte agudo do miocárdio”, assinala João Brum Silveira, coordenador Nacional do Stent Save a Life (APIC). Esta emergência médica ocorre “quando uma das artérias do coração fica obstruída”, o que leva a que “parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e de nutrientes”. Esta obstrução é habitualmente causada pela “formação de um coágulo” devido à “rutura de uma placa de colesterol”.

Sintomas do enfarte agudo do miocárdio

Em caso algum, “a pessoa deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios”, adverte João Brum Silveira

Os sintomas mais comuns, para os quais “as pessoas devem estar despertas” são “dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, nas costas e no pescoço”, acompanhada de “suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade”. Normalmente, acrescenta o clínico, “os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes”. Podem ocorrer “de forma repentina ou gradualmente”, ao “longo de vários minutos”. A recomendação médica é a de que “na presença destes sintomas” se contacte “de imediato o número de emergência médica – 112 – e que se espere pela ambulância” que estará equipada “com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte”.

Perante suspeita de enfarte, em caso algum “a pessoa deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios”, adverte João Brum Silveira. Cerca de “50% dos doentes recorrem a um Centro sem capacidade para realizar o tratamento, o que conduz a um atraso significativo no início da terapêutica mais adequada, situação que não acontece quando se liga para o 112”. De facto, “são muito importantes o diagnóstico precoce (valorização dos sintomas) e a realização de electrocardiograma, logo que possível, idealmente nos primeiros dez minutos após o primeiro contacto médico, para que seja iniciado o tratamento o mais rapidamente possível, de forma a que a quantidade de músculo cardíaco ‘perdido’ seja menor e, assim, se consiga melhorar o prognóstico”.

Angioplastia coronária é o melhor tratamento

Atualmente, a angioplastia coronária “é o melhor tratamento para o enfarte agudo do miocárdio”. No hospital, o cardiologista de intervenção irá efetuar uma angioplastia coronária, que consiste na “colocação de um cateter fino na artéria obstruída”, através do qual “se introduz um balão que, quando insuflado, permite a abertura da artéria e o restabelecimento do fluxo sanguíneo”. Na maioria das vezes, “este procedimento é complementado com a colocação de um stent, pequeno tubo de rede metálica que mantém o vaso aberto”.

Como prevenir um enfarte agudo do miocárdio

Para prevenir um enfarte agudo do miocárdio é importante “adotar um estilo de vida saudável”. Não devemos “fumar e devemos procurar ter uma alimentação saudável, controlar a tensão arterial, o colesterol e a diabetes”. A prática de “exercício físico regular”, “vigiar o peso e evitar o stress” são outros conselhos a seguir, sugere Brum Silveira.

Por forma a promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), entidade sem fins lucrativos, está a promover, em Portugal, a campanha Cada Segundo Conta, integrada na iniciativa Stent Save a Life, de que pode recolher mais informações aqui.

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