O Ministério Público (MP) do Barreiro acusou João Marques, sargento-ajudante da Marinha, do crime de homicídio na forma tentada e de ofensas à integridade física. O homem de 54 anos, que atualmente se encontra em liberdade, disparou sobre duas mulheres na madrugada de 11 de março de 2018, junto a um bar no Barreiro.

De acordo com o procurador responsável pela acusação, João Marques começou por envolver-se numa discussão com outros dois clientes dentro do espaço de diversão noturna. O desentendimento continuou na rua e os dois homens agarraram o militar pelo pescoço, fazendo-o cair. O sargento sacou de um revólver calibre .38, que trazia consigo (devidamente legalizado pela sua condição de militar), e fez dois disparos.

Uma das munições furou um vidro do bar Camarro, onde tinha começado a discussão, e atingiu duas mulheres. Uma foi atingida de raspão num cotovelo. A munição perfurou o abdómen da segunda vítima. As duas mulheres tiveram de ser hospitalizadas e a ferida mais grave foi operada.

A PSP foi chamada ao local e quando lá chegou e encontrou o arguido imobilizado por testemunhas. Os agentes apreenderam a arma e os dois invólucros das munições disparadas. A PJ de Setúbal foi chamada para fazer o exame pericial. O detido foi presente a tribunal no dia seguinte e ficou em prisão preventiva. Cumpriu esta medida de coação três meses, sendo depois libertado.

Tal como escreve o Correio da Manhã, o agressor está agora sujeito a apresentações, tendo sido proibido de ter de armas de fogo e de frequentar discotecas e bares.

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