Seguranças suspeitos das agressões junto à discoteca Urban Beach ouvidos em tribunal
Os três seguranças detidos pela PSP começam este sábado a partir das 09:00 a ser ouvidos por um juiz de instrução criminal
Os três seguranças detidos pela PSP por agressões a jovens junto às instalações da discoteca Urban Beach, em Lisboa, começam este sábado, dia 4, a partir das 09:00 a ser ouvidos por um juiz de instrução criminal para aplicação das medidas de coação.
A audição vai decorrer no Tribunal de Instrução Criminal, no Campus de Justiça de Lisboa.
Na sequência das agressões, registadas em vídeo que se tornou público, a PSP deteve, inicialmente, um segurança da discoteca Urban Beach, na madrugada de sexta-feira, dia 3, por «fortes indícios» do crime de ofensas à integridade física graves.
Após a primeira detenção e ainda na sexta-feira, a direção nacional da PSP informou, em comunicado, que «mais dois suspeitos, sobre os quais tinham sido emitidos mandados de detenção pela autoridade judicial competente, já se encontram detidos em instalações policiais».
Agredidos e agressores identificados através de vídeo publicamente divulgado
Neste âmbito, a Polícia sublinhou que, após o registo da ocorrência, a análise do vídeo publicamente divulgado e de diligências policiais, foi possível identificar os agredidos e os vigilantes agressores.
A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) destacou também que a PSP realizou, durante a madrugada de sexta-feira, «inúmeras diligências cautelares de recolha urgente de meios de prova para identificação dos respetivos autores dos crimes divulgados, efetuadas no âmbito do inquérito instaurado pelo Ministério Público».
A investigação decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, na unidade especial de combate ao crime especialmente violento (UECCEV), com a coadjuvação da PSP.
O Ministério da Administração Interna ordenou o encerramento do espaço na madrugada de sexta-feira, alegando não só o episódio de quarta-feira, mas também as 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por alegadas práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista”.
A discoteca vai ficar fechada durante seis meses.
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