Seis anos de prisão para dois detidos numa exploração de canábis em Coruche

O Tribunal de Santarém condenou hoje dois dos homens detidos há um ano numa exploração de canábis em Coruche a seis anos de prisão e um terceiro a pena suspensa de prisão de quatro anos e seis meses.

Seis anos de prisão para dois detidos numa exploração de canábis em Coruche

O Tribunal de Santarém condenou hoje dois dos homens detidos há um ano numa exploração de canábis em Coruche a seis anos de prisão e um terceiro a pena suspensa de prisão de quatro anos e seis meses.

O coletivo de juízes considerou ter ficado provado que os arguidos, dois de nacionalidade lituana e um ucraniano, participaram num esquema de produção e tráfico de estupefaciente, variando as penas em função do tempo em que praticaram o crime, já que os dois condenados a prisão efetiva permaneceram na quinta (no distrito de Santarém) durante seis meses e o terceiro apenas por duas semanas.

Para o tribunal, o argumento invocado pelos arguidos durante o julgamento, de que vieram dos seus países para trabalhar na agricultura, desconhecendo o tipo de exploração onde acabaram por ficar, é inverosímil, por, mesmo tendo vindo ao engano, ser impossível não saberem que estavam a cultivar e a vender produtos ilícitos.

Foram apreendidas 459 plantas de canábis

Os dois condenados a prisão efetiva vão manter-se em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Leiria, onde se encontram depois de terem sido detidos, em 09 de março de 2021. Nesse dia, foram apreendidas 459 plantas de canábis, milhares de doses de canábis, 48 doses de cocaína, quatro viaturas, 565 libras esterlinas (cerca de 659 euros), 850 grívnias (moeda ucraniana) (cerca de 26 euros), 100 euros em numerário e talões de depósito bancários de mais 400 euros, e diverso material relacionado com a plantação, germinação, secagem e venda de canábis.

Os três homens, com idades entre os 30 e os 38 anos, foram acusados pelo Ministério Público pelos crimes de tráfico e de outras atividades ilícitas, tendo o julgamento no Tribunal Criminal de Santarém começado no passado dia 05 de janeiro. Na altura da detenção, o destacamento territorial de Coruche da Guarda Nacional Republicana (GNR) afirmou que o laboratório de produção de canábis desmantelado numa antiga pecuária arrendada, na freguesia da Erra, revelava “capacidade de organização” e “elevado conhecimento técnico”.

O pavilhão da antiga pecuária estava subdividido em três áreas bem definidas, cada uma com “um propósito na cadeia de produção, desde plantação, germinação, maturação da planta e depois o acondicionamento e transporte para venda ao consumidor”.

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